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Filha de famosa revela quadro que ninguém imagina que ela tenha para alertar outros

Publicado 14 Nov 2018 – 10:10 AM EST | Atualizado 14 Nov 2018 – 10:10 AM EST
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Após receber uma crítica a postagens em que dizia estar finalmente se sentindo bem consigo mesma e ler posts relacionados a depressão, a influencer Suzanna Freitas, filha de Kelly Key, decidiu usar o Instagram para discutir esse tipo de assunto.

Usando a ferramenta Stories da rede social, Suzanna não só aconselhou que as pessoas passem a levar a depressão mais a sério – afinal, o distúrbio é, de fato, uma doença que requer tratamento específico e às vezes até medicamento –, como também se abriu sobre experiências próprias para mostrar que qualquer um pode ser acometido por problemas psicológicos, que nada têm a ver com status social ou riqueza material.

Transtornos não escolhem paciente

Também por vídeos, Suzanna começou o dia dizendo estar muito feliz e confortável com a própria aparência, e recebeu uma resposta que transformou em reflexão. “Uma seguidora minha comentou: ‘Óbvio, você tem tudo, como não ia estar se sentindo bem?’”, contou a influencer.

Esse comentário não é algo particular da seguidora de Suzanna, já que não é raro encontrar quem minimize o sofrimento de quem sofre de distúrbios psicológicos – especialmente se a pessoa tem uma boa condição de vida. A fama, o dinheiro e até um relacionamento duradouro, porém, não impedem nem curam a doença.

“A depressão não é exclusiva só de uma faixa etária, não é exclusiva de uma classe social, a depressão está presente em todo nosso meio. Eu conheço muitas pessoas do meu círculo social que já sofreram de depressão, síndrome do pânico, que não conseguem sair de casa e isso é muito ruim”, disse.

Suzanna Freitas sofre de crises ansiosas

Em meio aos pedidos para que as pessoas tenham mais empatia umas com as outras, a jovem revelou que, apesar de nunca ter sofrido depressão, chegou a passar perto da doença, e admitiu enfrentar outro quadro psicológico: crises ansiosas.

“Eu nunca tive uma depressão. Meus pais por acaso acharam que eu ia ter, aí eu consegui me recuperar", disse sobre um episódio no fim de 2017. "Tinha muita crise de ansiedade, voltava para casa chorando da escola, foi uma época bem tensa”, disse ela, ressaltando que, apesar de o pior ter passado, ela ocasionalmente ainda tem recaídas.

“Às vezes até hoje eu tenho umas crises, começo a passar mal, não sei por que é que eu tô passando mal, mas nada que se estenda a longo prazo. Às vezes vem e passa”, comentou Suzanna.

Quando a ansiedade se torna um distúrbio?

Se sentir ansioso antes de uma prova, uma viagem ou uma situação que oferece riscos é comum, mas esses momentos em que as pessoas costumam ficar eufóricas ou amedrontadas não caracterizam os transtornos ansiosos.

De acordo com o psiquiatra Rafael Brandes Lourenço, da Associação Brasileira de Psiquiatria, esses distúrbios desencadeiam processos de luta e fuga no organismo mesmo sem que haja ameaças. Isso, segundo o especialista, leva a pessoa ansiosa a um estado de alerta em que o sistema nervoso trabalha de maneira exagerada, levando às crises.

Como existem vários tipos de ansiedade (com gatilhos ou causas distintas, como fobias, perdas e até alguns medicamentos), os sintomas podem variar, mas, em geral, uma pessoa ansiosa pode apresentar dores de estômago, sudorese excessiva, tontura, palpitações cardíacas, fraqueza, aperto na garganta, falta de ar, insônia e mudanças drásticas no apetite.

Quanto ao tratamento, tudo depende da causa do problema, e isso é algo que apenas profissionais da área podem definir. A partir disso, a pessoa pode ser aconselhada a utilizar remédios ansiolíticos ou antidepressivos que ajudam a controlar o quadro, terapia e atividades paralelas que também ajudam, como a prática de esportes, ioga e meditação.

Depressão, transtornos de autoimagem e mais

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