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Se você quer uma saúde de ferro, tenha estas plantas em casa: são quase remédios

Publicado 8 Nov 2018 – 04:00 AM EST | Atualizado 8 Nov 2018 – 04:00 AM EST
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Em algum canto da casa, é normal que as pessoas tenham remédios como antitérmicos e analgésicos guardados, esperando uma emergência. O que muita gente não sabe é que, além disso, ter certos tipos de planta em casa pode ser algo tão útil para a saúde quanto essas medicações em alguns casos.

Conforme explica a bióloga Gabriela Pastro, diversas plantas e ervas aromáticas promovem benefícios à saúde em vários aspectos. Segundo ela, algumas dessas espécies precisam ser ingeridas para desencadear esse efeito positivo, enquanto outras o fazem pelo aroma de seus óleos essenciais e outras por filtrar o ar do ambiente.

Confira dez bons exemplos para cultivar em casa:

Plantas medicinais

Alecrim

Apesar de ser comum utilizar essa erva como um tempero, a bióloga afirma que ele também pode ser uma grande aliada da saúde e do bem-estar. O óleo essencial produzido pela planta é responsável pelo forte aroma exalado por ela, e, segundo Gabriela, inalá-lo ajuda no combate a dores de cabeça.

Manter um pé de alecrim por perto, porém, não é suficiente para aproveitar esse benefício. Assim, segundo a bióloga, uma boa ideia é manusear os ramos da planta, já que isso estimula a liberação do perfume. Ela afirma ainda que, para quem está meio “caidinho” - em decorrência de uma gripe, por exemplo -, o chá de alecrim é uma aposta revigorante.

Para crescer saudável, ele precisa ficar em locais bem iluminados pelo sol e receber água cerca de uma vez na semana.

Sálvia

Conforme explica a bióloga, a sálvia é outra erva capaz de atuar contra problemas de saúde e desconfortos pontuais. No caso desta planta, a indicação de Gabriela é usar seu chá como expectorante quando necessário e para combater dores de garganta. Ela também é conhecida por ajudar a aliviar alguns sintomas da menopausa, como sudorese e irritabilidade.

Assim como o alecrim, a sálvia se desenvolve melhor em solos mais sequinhos e, por isso, Gabriela indica misturar um pouco de areia à terra onde a erva será plantada. Além disso, ela também recomenda não colocar água com muita frequência. “O excesso de água em suas folhas propicia o desenvolvimento de fungos”, explica a bióloga.

Camomila

Esta já é uma erva conhecida por atuar como uma espécie de calmante e, além de confirmar essa função, Gabriela afirma que ela também pode ajudar em outros aspectos. Segundo ela, o chá de camomila alivia o cansaço, deixa o sono mais tranquilo e combate tanto cólicas menstruais quanto estomacais.

Para cultivá-la, Gabriela indica o plantio em floreiras ou direto no chão, também em uma terra mais sequinha e bem exposta à luz solar.

Hortelã-pimenta

Gabriela explica que o chá de hortelã-pimenta é outro que ajuda no combate a dores de cabeça, especialmente quando a fonte do problema é o cansaço mental. Além disso, a bebida feita com essa erva também costuma ser relacionada a propriedades digestivas que ajudam quem sofre de azia e má-digestão.

Segundo a bióloga, essa erva precisa de um solo bem fértil, bastante espaço para se espalhar e poda constante. Além disso, é bom mantê-la sob luz solar constante com a terra sempre relativamente úmida.

Manjericão

Esta é outra erva que, assim como o alecrim, aparece bastante na culinária, mas traz propriedades interessantes. Segundo Gabriela, o manjericão combate dores estomacais, má digestão e pode ser eficiente até contra dores de cabeça decorrentes da sinusite.

Conforme explica Gabriela, o cultivo do manjericão costuma ser simples e ele vai muito bem em terras bastante adubadas. Outra indicação da bióloga é podar suas flores com regularidade.

Plantas filtradoras

Clorofito

Esta planta é pequena (em torno de 15 a 20 cm) e lembra a coroa de um abacaxi, mas com folhas que misturam diferentes tons de verde. Conforme explica a bióloga, essa espécie é capaz de eliminar formaldeído e xileno do ar, duas substâncias que fazem mal ao sistema respiratório.

O clorofito-de-sombra especificamente se dá muito bem com ambientes interiores, não requer podas constantes e a rega deve ser frequente, mas sem exageros.

Espada-de-São-Jorge

Essa planta – que parece lâminas de espadas saindo da terra – é comum na decoração de ambientes e, segundo a bióloga, também pode contribuir positivamente com a qualidade do ar, já que elimina um bocado de gases tóxicos do ar. Assim como o clorofito, ela elimina formaldeído e xileno do ar, mas, além disso, também filtra o monóxido de carbono e de nitrogênio, o clorofórmio e o benzeno.

Resistente, a espada-de-São-Jorge vai bem mesmo sem luz constante e é perfeita para quem não tem muito tempo para cuidar de plantas, já que só precisa de água a cada duas semanas.

Apesar da facilidade, Gabriela faz um alerta. “A maioria das plantas comprovadas como purificadoras são tóxicas se consumidas”, afirma, explicando que a espada-de-São-Jorge é uma dessas espécies e que ela deve ser mantida longe de crianças e animais para evitar a ingestão.

Lírio-da-paz

Semelhante à famosa copo-de-leite, esse tipo de lírio também é, segundo Gabriela, um bom filtrador, responsável por eliminar do ar tanto os gases filtrados pelas espécies anteriores quanto a amônia.

Como não se desenvolve bem sob luz solar intensa, é uma boa espécie para se ter dentro de casa em uma área que não esteja completamente na sombra. Quanto à rega, o ideal é sentir a terra: se ela estiver úmida, não é preciso aguar. A frequência costuma ficar em duas vezes na semana.

Na hora de escolher um local para ela, também é importante pensar nos pequenos e nos pets, já que, assim como a maior parte plantas “filtradoras”, ela é tóxica para quem a ingere.

Dracenas

O gênero botânico das dracenas abrange diversos tipos de plantas ornamentais de tamanhos e folhagens diferentes. Como a maioria delas tolera a escassez de luz solar, são ótimas para ter dentro de casa e costumam ser muito utilizadas na decoração de interiores.

Apesar de ajudar – e muito – a filtrar as mesmas substâncias tóxicas que as espécies anteriores, as dracenas também merecem atenção especial por serem tóxicas.

Areca-bambu (palmeira de jardim)

Assim como as dracenas, esta espécie é usada com frequência na decoração de ambientes internos pois sobrevive bem com iluminação indireta. Ela pede irrigação constante - porém sem que o solo fique encharcado - e, além de filtrar gases tóxicos, não representa problema para animais ou crianças.

Atenção para a quantidade

Conforme explica a bióloga, a propriedade purificadora dessas plantas foi descoberta por um estudo realizado pela NASA em 1989 e, segundo ele, as espécies destroem os químicos tóxicos, retendo os resíduos desses processos nos próprios tecidos. Apesar disso, Gabriela afirma que só é possível usufruir desse “poder” tendo de duas a três plantas a cada 10 metros quadrados.

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