Quem sente muito cansaço nas pernas deve estar atento a este problema no coração
Se você sente dores, formigamento, dormência e cansaço frequente nas pernas, principalmente ao caminhar, saiba que o sintoma pode não estar relacionado apenas a um condicionamento físico mais frágil ou mesmo uso inadequado de calçados. A condição pode, inclusive, ser um alerta para problemas no coração.
A sensação de cansaço nas pernas, assim como outros desconfortos na região, pode indicar um quadro de Doença Arterial Periférica (DAP), problema que afeta o transporte de sangue para os membros inferiores, causada por estreitamento e endurecimento das artérias.
Qual a relação entre cansaço nas pernas e problema no coração
Uma das mais graves complicações relacionadas à DAP, caracterizada pelo cansaço e possíveis fisgadas nas pernas, é a indicação de que existe entupimento de outras artérias do corpo.
Estudos apontam que pacientes que sofrem da doença tem mais chances de apresentar obstrução nas artérias coronárias, o que aumenta os riscos de problemas no coração, como angina e infarto.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Cardiovascular, a presença de obstrução nas artérias das pernas é considerada um “marcador”’ de doença coronariana. Ainda segundo a instituição, além de cansaço nas pernas, outros sinais e sintomas da condição são:
- Escassez de pelos nas pernas ou pés
- Pulsações diminuídas ou ausentes das artérias no membro acometido
- Músculos da panturrilha menos desenvolvidos
- Feridas dolorosas nos pés ou dedos dos pés
- Palidez da pele ou cor azulada/arroxeada nos dedos ou nos pés
- Unhas dos dedos dos pés quebradiças
Alguns dos principais fatores de risco da DAP são: tabagismo, obesidade, diabetes, colesterol alto, sedentarismo e hipertensão. A condição ainda é mais comum entre pessoas acima dos 50 anos de idade.
Tratamento de Doença Arterial Periférica
Uma vez identificado o problema, o tratamento indicado pelo médico terá como objetivo controlar e amenizar os sintomas, além de evitar a progressão da condição, reduzindo assim riscos de ataque cardíaco.
O tratamento deverá incluir a prática regular de atividades físicas para melhorar a circulação nas pernas e combater fatores de risco, adoção de uma alimentação mais equilibrada, uso de remédios para controle de diabetes e a hipertensão, além de angioplastia e cirurgia cardíaca, mas somente em casos mais graves.
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