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Mudança de comportamento (como ficar mais bravo) pode ser sinal de doença grave

Publicado 23 Out 2018 – 12:01 PM EDT | Atualizado 23 Out 2018 – 12:01 PM EDT
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Mudanças bruscas de humor e alterações no comportamento podem ser resultados de diversos fatores, físicos e emocionais, e estar relacionado ainda a uma doença séria, normalmente caracterizada pelas pela perda de memória: o Alzheimer.

De acordo com o professor Doutor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Hudson Buck, Alzheimer é uma doença degenerativa progressiva que provoca o declínio de funções cognitivas, reduz a capacidade de trabalho e relação social e interfere no comportamento e na personalidade.

Mudança de comportamento pode indicar Alzheimer

A perda de memória está entre os sinais de Alzheimer, assim como dificuldade de concentração, coordenação e de tomar decisões, além de problemas em realizar tarefas que costumavam ser feitas normalmente. No entanto, instabilidade emocional e mudanças de comportamento também são sintomas comuns da condição.

Segundo um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, EUA, comportamento e personalidade geralmente mudam com o avanço da demência.

Pessoas com Alzheimer passam a agir de maneiras diferentes por vários motivos, que vão desde perda de neurônios a respostas naturais do ambiente, causadas, por exemplo, pela irritação de não mais ser capaz de se comunicar ou socializar como antes.

Além disso, de acordo com o artigo científico, muitas pessoas com Alzheimer dependem dos outros para sugestões emocionais. Por exemplo: se você está ansioso e preocupado, quem sofre de demência espelha suas emoções e também ficam ansiosas e preocupadas.

Alzheimer: causas e tratamentos

Ainda não se sabe ao certo quais são as causas da doença, mas teorias indicam o acúmulo de placas do aminoácido beta-amilóide e a fosforilação (ato de formar um fosfato) pela a proteína Tau como responsáveis pela condição.

O que se sabe é que essas alterações fazem com que ocorra uma redução do número de células nervosas e suas conexões, resultando no encolhimento do córtex e do hipocampo, que é a parte do cérebro responsável pela memória, aprendizagem e emoção.

O principal fator relacionado ao Alzheimer é a idade, visto que após os 65 anos o risco de desenvolver a doença dobra a cada cinco anos. Além disso, marcadores genéticos podem aumentar a incidência em alguns casos.

A terapia principal para combater o Alzheimer, que ainda não possui cura definitiva, consiste no uso de medicamentos inibidores de uma enzima que degrada a molécula ligada aos processos de memória. Também são administradas fórmulas que protegem células nervosas e melhoram o sistema cognitivo. A terapia, porém, não retarda a doença.

No caso das alterações de humor e comportamento, o tratamento normalmente é feito com medicações específicas, como ansiolíticos e neurolépticos. Terapias fonoaudiológicas, psicológicas e fisioterapêuticas também são importantes.

Riscos de Alzheimer

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