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Doença de Simaria voltou por causa de erro crucial e muito perigoso no tratamento

Publicado 31 Ago 2018 – 01:21 PM EDT | Atualizado 31 Ago 2018 – 01:21 PM EDT
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Recentemente, a cantora Simaria Mendes retornou ao palcos depois de um longo período afastada para tratar uma tuberculose ganglionar.

De acordo com a sertaneja, a doença que a afastou de suas atividades por quase dois meses não foi inédita em sua vida.

Isso porque Simaria já havia tido tuberculose anteriormente. Mas por não ter recebido orientações corretas para o tratamento do quadro, a doença retornou e trouxe complicações como as observadas nos últimos meses.

“A primeira vez foi pior. Da primeira vez, o gânglio saía para fora, saía secreção. Todo dia eu tinha que ir pro hospital, colocar agulha e puxar a secreção. A orientação que eu tive não foi ‘você precisa se afastar por mais tempo’. Eu fiquei um mês afastada e voltei para a estrada, doente, sabendo que o tratamento levaria seis meses, que era o tempo que seria necessário – mas que estendeu por um ano e três meses. Não disseram que se eu continuasse com as atividades eu teria uma reativação da doença. E ela me pegou de novo”, contou a sertaneja a apresentadora Luciana Gimenez no programa “Luciana By Night”, da Rede TV.

Reativação da tuberculose

De acordo com o infectologista David Uip, que atendeu a cantora, Simaria teve uma tuberculose primária há três anos que não deu sinais clínicos. Ou seja: a doença não manifestou seus sintomas mais visíveis.

Como a artista não foi tratada adequadamente, as bactérias que causam a tuberculose acabaram se espalhando através da corrente sanguínea e se instalaram no gânglio.

“A doença reaparece e nós chamamos isso de reativação da tuberculose. Para mim, está muito claro: ela se excedeu. Cantou demais, fez shows demais, comeu de menos, viajou demais. Então, o sistema imune não deu conta e reativou um bacilo [bactéria que provoca a tuberculose] que já estava lá, quietinho”, diz o infectologista David Uip, que atendeu a cantora.

Tuberculose ganglionar

O que é a doença?

A tuberculose ganglionar, como a de Simaria, é a do tipo extrapulmonar, que ocorre quando a infecção acomete outros órgãos que não o pulmão.

A tuberculose extrapulmonar, diferente da pulmonar (a mais comum), geralmente não é contagiosa e possui características distintas. A principal é que não produz os sintomas clássicos da tuberculose, como tosse ou febre alta.

Além disso, o diagnóstico desse tipo de tuberculose também é mais complicado, pois não há um teste específico para o caso – o que exige dos médicos um nível de conhecimento maior sobre a vida dos seus pacientes.

Outras duas dificuldades de diagnosticar a tuberculose ganglionar estão relacionas à similaridade dos sintomas com outras condições comuns, o que pode causar atraso na confirmação do diagnóstico e tratamento, e ao alto risco de um resultado falso-negativo nos exames de sangue.

Sintomas

O paciente com esta doença pode notar inchaço em local específico do corpo, fortes dores de cabeça, mobilidade reduzida, anemia, alterações gastrointestinais e até confusão mental, dependendo do órgão atingido pela tuberculose.

Tratamento

A tuberculose tem cura e seu tratamento dura, no mínimo, seis meses. Para isso, é preciso atender às recomendações terapia medicamentosa que consistem na ingestão diária dos medicamentos da tuberculose sob a supervisão de um profissional da equipe de saúde.

É comum que, logo nas primeiras semanas, o paciente se sinta muito melhor. Por isso, é necessária orientação médica para que o tratamento seja realizado até o final, independente da amenização dos sintomas, e não seja abandonado antes se deu término.

Famosos e doenças

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