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Problema de saúde que afastou Patrícia de Sabrit é sério e gera sequela em certos casos

Publicado 23 Ago 2018 – 04:15 PM EDT | Atualizado 31 Ago 2018 – 05:35 PM EDT
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Para conseguir atuar na série infanto-juvenil “Z4”, do SBT, a atriz Patrícia de Sabrit precisou vencer um quadro de saúde sério e que poderia lhe trazer complicações graves – como um acidente vascular cerebral (AVC) e sequelas neurológicas.

Em maio deste ano, a conhecida atriz de novelas como “Olho no Olho” (Globo), “Pérola Negra” (SBT), “Amor e Revolução” (SBT) e “Vidas Cruzadas” (Record) detectou uma dissecção de artéria vertebral e precisou se afastar das gravações por cerca duas semanas para cuidar da saúde.

Atualmente, Patrícia está liberada pelos médicos para seguir com sua rotina de trabalho. A única recomendação é que ela evite atividades físicas por um tempo. “Este quadro é um estágio antes de um AVC, então requer cuidados. Mas já estou quase perfeita. Não tive nenhuma sequela”, contou a atriz ao VIX.

Dissecção da artéria: o que é e causas

A dissecção arterial é a ruptura da parede de uma artéria que leva à formação de hematomas e causa, em casos graves, acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Ela pode acontecer de forma espontânea ou pode ser originada a partir de traumas e até movimentos bruscos da cabeça, acometendo tanto a artéria intracraniana quanto a vertebral – um vaso sanguíneo que percorre a região posterior ao pescoço e ao tórax e carrega o sangue dessa parte do corpo à cabeça.

No caso da dissecção da artéria vertebral, algumas doenças, como enxaqueca, displasia fibromuscular, síndrome de Ehler-Danlos, de Marfan e pseudoxantoma elásticos também são quadros que predispõem o aparecimento da condição como descreve o neurologista Paulo Puglia Junior em sua tese de doutorado pela Universidade de São Paulo “Tratamento endovascular das dissecções e pseudoaneurismas da artéria vertebral”.

Sintomas

Cefaleia (a famosa dor de cabeça), tonturas, dificuldade para andar ou para se movimentar, falta de coordenação motora, embaçamento da visão, dificuldade para falar, para deglutir e dor cervical são alguns dos sinais que a dissecção arterial pode apresentar no organismo.

“A dor é consequência da estimulação de terminais nervosos de fibras dolorosas no momento da ruptura da parede arterial”, indica a publicação de Puglia Junior.

Dissecção arterial e risco de AVC

O AVC, tanto do tipo isquêmico quanto o hemorrágico, é tido como a principal complicação gerada pela dissecção arterial por propiciar a diminuição ou ausência do fluxo sanguíneo no cérebro, assim como um sangramento descontrolado.

No caso da dissecção da artéria vertebral, a questão maior envolve a isquemia por possibilitar a interrupção do fluxo sanguíneo, caso se formem coágulos na região depois de um trauma no pescoço e eles causem, posteriormente, bloqueio dos vasos sanguíneos no cérebro, segundo informa a American Heart Association (AHA), um importante órgão de saúde dos Estados Unidos.

Tratamento

O tratamento para a dissecção arterial, via de regra, é observar o paciente por alguns dias em unidades de saúde e depois seguir com o cuidados a partir da administração de anticoagulantes e antiagregantes plaquetários – especialmente para evitar a formação de coágulos que levem ao AVC isquêmico.

Em alguns casos, a intervenção cirúrgica é necessária. Uma possibilidade é o enxerto da artéria carótida interna na região lesionada.

“Porém, a dissecção geralmente acomete um segmento muito longo para permitir abordagem cirúrgica”, adverte Puglia Junior em seu artigo.

Cérebro e doenças

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