Cantor Armandinho largou smartphone após 2 quadros de saúde causados pelo aparelho
Prestes a completar 50 anos, o cantor Armandinho informou aos fãs que tomou uma atitude radical - porém necessária para o seu bem-estar pessoal: deixou de usar smartphone.
Segundo o cantor, a facilidade de estar conectado em todo lugar e a todo momento saiu do controle de tal ponto que o uso desenfreado do equipamento desencadeou ansiedade e problemas em seus olhos.
Problemas de saúde causados por smartphone
Em suas redes sociais, o cantor de reggae compartilhou uma foto de celular um tanto anacrônico para os dias de hoje. O modelo, preto e sem visor touchscreen, não tem acesso à internet e nem a jogos.
Na legenda da imagem, Armandinho fez uma análise de como a ferramenta, que deveria ser usada para aproximar as pessoas, desempenha o papel contrário, afastando indivíduos que em um mesmo ambiente preferem olhar as telas do equipamento a conversar.
Além do distanciamento provocado entre as pessoas, Armandinho também relatou ter desenvolvido problemas físicos e mentais devido ao uso de smartphones: aumento da ansiedade e danos à visão.
“Meus olhos foram destruídos, minha ansiedade piorou. E, assim como o álcool na minha vida, o smartphone me destrói e faz com que, ao invés de estar escrevendo e tocando violão, esteja usando meu tempo criativo para imaginar sentimentos e julgar coisas que nem sempre são reais na vida dos outros”, afirmou o cantor.
Sem acesso à internet móvel, uma equipe contratada será a responsável por publicar todo o conteúdo do cantor online.
Problemas de saúde causados pelo uso de celular
Embora as reclamações de Armandinho pareçam exageradas, há estudos que comprovam que, de fato, o uso exagerado de smartphones está relacionado a uma série de novos problemas, principalmente entre os adolescentes, grupo que tende a passar a maior parte do tempo com o aparelho.
Problemas de visão
"A geração atual está desenvolvendo miopia, que é a dificuldade para ver de longe, mais precocemente e em graus muito maiores do que as gerações anteriores", alerta a oftalmologista pediátrica Rosane da Cruz Ferreira.
Segundo a especialista, a doença está associada ao esforço acomodativo, ou seja, o ato repetitivo de ver coisas pequeninhas muito de perto, em movimento ou no escuro - o que fazemos ao olhar o celular.
Há ainda mais evidências de problemas oculares causados pelo hábito. Um artigo publicado no periódico científico The New England Journal of Medicine relatou o caso de duas mulheres que ficaram temporariamente cegas de tanto forçar a visão para mexer no celular na cama.
O primeiro caso aconteceu com uma mulher de 22 anos, que ficou com a visão do olho direito prejudicada, enquanto que o segundo caso ocorreu com uma mulher de 40 anos, que durante 6 meses apresentou alteração da visão de um dos olhos ao acordar, com duração média de 15 minutos.
Aumento da ansiedade e transtornos mentais
Outra acusação frequentemente feita às redes sociais é de terem aumentado os índices de ansiedade e depressão entre usuários. Isso se dá tanto pela falsa impressão de realidade que essas mídias passam, frustando aqueles que não se sentem semelhantes aos ídolos, quanto pelo acúmulo de conteúdo, tornando impossível que alguém acompanhe tudo o que é dito ou publicado.
“As redes sociais promovem a sensação de inferioridade por só mostrarem majoritariamente momentos e experiências positivos, levando o usuário a comparar sua vida com as de outras pessoas”, explica a psicóloga Edyclaudia Gomes de Sousa.
Ainda segundo a especialista, a ansiedade também pode ser uma das causas da depressão, visto que muitos ignoram ou não se sentem capazes de expressar corretamente o que lhes aflige.
Um estudo feito pela Royal Society for Public Health, do Reino Unido, comprovou este efeito e ainda apontou o Instagram como a pior rede social para a saúde mental. Segundo os achados, 7 em 10 usuários reportam se sentirem pior em relação à autoimagem após utilizarem o site de compartilhamento de foto.
Já o Facebook foi apontado, na mesma pesquisa, como uma ferramenta que torna o cyber-bullyuing ainda mais cruel.
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