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Fama fez Gaby Amarantos desenvolver transtorno mental: "Nunca falei isso"

Publicado 10 Mai 2018 – 04:28 PM EDT | Atualizado 10 Mai 2018 – 04:28 PM EDT
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Apesar de ter trabalhado muito para conquistar o reconhecimento nacional, a cantora paraense Gaby Amarantos revelou que quando finalmente alcançou a tão sonhada fama nacional, sua vida mudou tanto que ela passou a ter crises de pânico.

Cantora revela crises de pânico

Durante uma conversa sobre os prós e contras da fama no programa Saia Justa (GNT), do qual ela é apresentadora ao lado de Astrid Fontenelle, Mônica Martelli e Pitty, Gaby fez a revelação.

Na ocasião, a cantora Pitty opinou que a fama tende a ser romantizada porque as pessoas a idealizam, mas normalmente esquecem o quanto a pessoa que está do outro lado, no caso o artista, precisa aprender a lidar para conciliar público, mídia e familiares.

Nesse momento, Gaby Amarantos contou que chegou a desenvolver o transtorno mental ao ganhar visibilidade. “Eu já tive crises de pânico”, afirmou a cantora. "Eu nunca falei isso para as pessoas, porque elas acham: 'Ah, a Gaby é uma artista acessível, ela é sempre tão legal', mas eu jé tive crises", salientou.

Segundo ela, os episódios estiveram ligados com a falta de privacidade que a fama acarretou.

“Eu pirei muito porque fui de uma pessoa que tinha um sucesso local, mas quando você começa a ter sucesso nacional, é outra proporção. Saía na rua e em todos os lugares era reconhecida - a gente tem essa cultura, principalmente no Rio, do paparazzi. Já teve gente que me acordou em lugar público, enquanto eu estava descansando, virada após um show”, revelou a artista enquanto exemplificava alguns momentos em que teve a sua privacidade invadida.

O que é a crise de pânico?

O ataque de pânico consiste em um conjunto de sintomas que leva o organismo a ter reações de luta e fuga, fazendo com que o sistema nervoso fique hiperativado e em estado de alerta. Isso pode ocorrer diante de um perigo real ou não e faz o indivíduo ter a nítida sensação de que algo terrível irá acontecer, ou de que irá morrer.

Quando as crises se tornam recorrentes, configuram síndrome do pânico, considerada uma doença crônica. Neste caso, o paciente pode ter intervalos de dias, semanas ou até meses entre um ataque e outro.

De acordo com o psiquiatra Rafael Brandes Lourenço, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o bem-estar do indivíduo é diretamente afetado, uma vez que ele começa a se isolar, ainda que inconscientemente, para evitar os gatilhos que o façam ter crises de pânico.

As causas da síndrome ainda não nebulosas, pois podem ser estimuladas por uma diferente gama de situações de estresse elevado, traumas, personalidade ansiosa e mudanças abruptas na rotina.

Sintomas

A crise de pânico geralmente começa com uma ansiedade profunda que, ao sair do controle e evoluir, faz com que a pessoa passe a apresentar diversos sintomas que caracterizam o problema, como:

  • Palpitação
  • Alteração nos batimentos cardíacos
  • Sudorese excessiva e tremores
  • Falta de ar
  • Dor ou incômodo no tórax
  • Ânsia de vômitos
  • Desconforto abdominal
  • Tontura e/ou desmaio
  • Calafrios ou ondas de calor
  • Formigamento ou falta de sensibilidade
  • Sensação de estar se distanciado de si mesmo
  • Medo profundo de enlouquecer, adoecer ou morrer

Tratamento

Ao identificar um estado de alerta do organismo, provocando hiperventilação, falta de vontade de sair de casa ou de encontrar amigos e sensação de impotência, o indivíduo pode procurar um psiquiatra, que irá avaliar minuciosamente o caso para avaliar qual o melhor tratamento.

De modo geral, o especialista poderá indicar terapia e, dependendo do diagnóstico, intervenção medicamentosa.

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