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A atriz Maisa publicou uma foto no Twitter em que aparece chorando devido a uma doença limitante que afeta ao menos 15% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Trata-se da enxaqueca, que, apesar de séria e potencialmente perigosa, é negligenciada por muitos, que acreditam ser apenas uma dor de cabeça comum e não dão a devida importância ao tratamento.
Maisa tem enxaqueca
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eu hoje de manhã. enxaqueca é um pesadelo ;( pic.twitter.com/TfQUXojFOi
— +a (@maisa) April 4, 2018
A cantora de 15 anos publicou um tweet em que desabafa “Oi gente, bom dia, já choraram de enxaqueca hoje?”, seguido de sua imagem chorando com a legenda “Eu hoje de manhã, enxaqueca é um pesadelo”.
A doença de Maisa é um tipo de dor de cabeça intensa e que geralmente vem acompanhada de outros sintomas, como náusea, vômito e sensibilidade ao barulho e à luz.
O transtorno tem origem genética, mas as crises surgem pela sensibilidade a desencadeantes, que variam de acordo com cada paciente, como estresse, jejum, menstruação, medicamentos e determinados alimentos.
Enxaqueca é séria e pode ser perigosa

A enxaqueca não pode ser confundida com a dor de cabeça comum. A doença, que pode ser crônica, é caracterizada por pontadas latejantes na cabeça que costumam surgir em crises de até 72 horas. Para 90% dos pacientes, o quadro é debilitante e os impossibilita de realizar atividades normais.
Segundo o neurologista Marcelo Calderaro, do Hospital Samaritano de São Paulo, a dor é tão intensa que pode comprometer a qualidade de vida do paciente e interferir em seu meio profissional e social.
Um dos riscos de negligenciar a enxaqueca é desenvolver a forma crônica da doença, o que resulta em grande prejuízo à saúde. Diferenciar esta doença da cefaleia comum é importante para identificar os gatilhos da enxaqueca, isto é, os fatores que desencadeiam o problema, um ponto crucial para evitar as crises.
Mais grave ainda são as possíveis consequências ligadas à condição. Especialmente nas mulheres, a enxaqueca aumenta o risco de problemas cardíacos, como infarto.
Além disso, ela também está ligada a maiores chances de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O risco torna-se ainda maior pelo fato de a dor da enxaqueca poder ser confundida com a cefaleia sentinela, uma condição também conhecida como dor de cabeça do derrame, que está ligada ao AVC.
Comum na puberdade
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Grande parte dos casos de enxaqueca começa exatamente na faixa etária de Maisa, a adolescência.
O neurologista Caio Simioni, membro da Academia Brasileira de Neurologia, explica que muitas pacientes têm a primeira crise em idade próxima à primeira menstruação, período em que há flutuação nos níveis de estrogênio, hormônio que pode provocar enxaqueca.
É justamente a ação hormonal que torna o acometimento mais comum em mulheres, as quais podem ter crises tão frequentes que chegam a ser classificadas como crônicas.
Tratamento

Embora não tenha cura, a doença deve ser tratada porque impacta intensamente a qualidade de vida.
Existem remédios para enxaqueca que reduzem o sintomas e/ou previnem crises, tais como anti-inflamatórios, analgésicos e anticonvulsivantes. Vale conversar com um médico para determinar o melhor tratamento.
Mudanças nos hábitos, como evitar alimentos desencadeadores, praticar atividade física moderada, regular o sono e fazer psicoterapia, também são fundamentais para prevenir o problema.
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