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Novo órgão do corpo humano é descoberto e ele pode ser chave para estudar o câncer

Publicado 27 Mar 2018 – 02:45 PM EDT | Atualizado 27 Mar 2018 – 02:45 PM EDT
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Apesar de anos e anos de estudo, o corpo humano continua surpreendendo: um grupo de cientistas descobriu acidentalmente um novo órgão, que pode ser o maior de toda a anatomia. Entenda:

Novo órgão descoberto

O novo órgão, denominado interstício, foi revelado por pesquisadores de instituições norte-americanas e israelenses em um estudo publicado na revista Scientific Reports. Ele fica sob a superfície da pele e é composto por diversos canais cheios de fluidos que conectam músculos, vasos sanguíneos e órgãos já conhecidos.

A descoberta ocorreu durante a realização de endoscopias de rotina em pacientes: os médicos notaram que o tecido ao redor do ducto que transporta a bile não era sólido e denso, como se acreditava até então, mas coberto por um padrão diferenciado. Logo, realizaram análises que detectaram a mesma estrutura embaixo da pele do nariz.

Segundo a pesquisa, a descoberta só foi feita agora porque, anteriormente, todos os experimentos com esse tecido foram feitos com lâminas de microscópio de tecido fixo, cujo processo de análise drena todo o fluido e prejudica os compartimentos do interstício, dando a impressão de que era completamente denso.

Novo órgão pode colaborar com cura do câncer

O interstício é apontado como fonte de grande parte do líquido do corpo, podendo até mesmo ser o "fornecedor" da linfa, substância aquosa presente nas células do corpo humano.

Os pesquisadores acreditam que o novo órgão tenha função importante na saúde e inclusive contribua para a metástase de alguns cânceres e ocorrência de outras doenças, como edemas e fibrose, e portanto pode ser uma chave para entender e tratar essas condições.

Órgão ou tecido?

Embora o interstício tenha sido considerado um órgão específico pelos autores do estudo, tal classificação só é oficial após se tornar um consenso entre organizações científicas. Assim, são necessários mais trabalhos para entender a estrutura e convencer a comunidade de que ela é mais do que um mero tecido.

Descobertas do corpo humano

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