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Para Drauzio Varella, há apenas 1 estratégia que provavelmente te fará viver mais

Publicado 23 Mar 2018 – 05:37 PM EDT | Atualizado 23 Mar 2018 – 05:37 PM EDT
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O médico Drauzio Varella explicou durante um evento em São Paulo que, além de evitar o sedentarismo e comer alimentos saudáveis, só existe uma estratégia capaz de aumentar o tempo de vida de uma pessoa. Entenda:

Drauzio fala de estratégia para viver mais

Em coletiva de imprensa realizada no teatro Renaissance, em São Paulo, Drauzio explicou que, do ponto de vista biológico, só existe uma ação capaz de fazer alguém viver mais. "Trabalhos em laboratório com ratos, fungos, pulga de água e todos os tipos de seres humanos mostram que a única coisa que aumenta a longevidade é restrição calórica", enfatizou.

Essa premissa vale para todos os seres, mas nunca foi testada com o homem pela dificuldade em manter e controlar a alimentação de participantes em um estudo centenário.

"É provável que a restrição calórica aumente a longevidade de humanos também, já que a evolução não cria nenhum mecanismo especial para uma espécie. Nós fazemos parte de uma ordem natural, o que vale para todos tem de valer para a gente", afirmou.

Varella afirma que a restrição calórica tem de ser rígida, mas sem provocar desnutrição, o que explica por que implementá-la em laboratório é fácil se comparada ao dia a dia.

Menos açúcar, não gordura

A restrição de calorias para viver mais não consiste em reduzir o consumo de gordura, mas de carboidratos. “É o 'açúcar'. Ele é uma tragédia na vida moderna", destaca.

Drauzio, que cortou açúcar após sentir azia, explica que a guerra às gorduras iniciada pelo serviço médico dos Estados Unidos na década de 1950 abriu uma brecha para que a indústria colocasse açúcar em tudo. "Até em pasta de dente. Com isso, todos que têm tendência genética à obesidade ganharam peso e agora temos um problema de saúde pública", disse.

Obesidade reduz tempo de vida

O médico ainda alertou que a obesidade reduz a expectativa de vida porque provoca um fenômeno inflamatório crônico. "No passado, a gente achava que a gordura fosse uma reserva de energia, mas hoje sabemos que é um tecido ativo que se posiciona como a segunda maior glândula do organismo, só perdendo para a hipófise, que é a glândula que coordena todas as outras", ressalta.

A gordura libera diversos hormônios, como estrogênio e progesterona, que interferem no apetite, energia gasta em repouso e diversas outras funcionalidades, além de aumentar o risco de doenças metabólicas, como diabetes.

Sedentarismo é tão impactante quanto fumar

Além de manter um peso saudável, fazer atividade física é essencial, já que o corpo humano não foi feito para passar o tempo inteiro parado.

"Um cálculo da Organização Mundial de Saúde diz que o efeito da vida sedentária seja da mesma ordem do fumo. Imagina: o cigarro reduz 12 anos na vida de um homem e 10 anos na de uma mulher, e o sedentarismo teria impacto semelhante", alerta Drauzio.

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