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Dor embaixo do umbigo + 7 sinais para desconfiar de doença uterina silenciosa

Publicado 22 Mar 2018 – 06:00 AM EDT | Atualizado 22 Mar 2018 – 06:00 AM EDT
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A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é uma infecção do trato genital superior que acontece quando as bactérias ultrapassam o colo uterino, atingindo o útero, tubas uterinas e ovários.

Mulheres jovens, entre 15 e 25 anos, representam o principal grupo de risco. Aproximadamente 12% das adolescentes sexualmente ativas têm no mínimo um episódio de DIP antes dos 20 anos de idade.

Causas da Doença Inflamatória Pélvica

Estima-se que em 85% dos casos, a DIP é causada por micro-organismos sexualmente transmissíveis e, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 1 em cada 4 mulheres com DIP irá ter sequelas em longo prazo, como a infertilidade, que pode afetar até 40% das mulheres diagnosticadas com a doença. 

No período menstrual e logo após o ciclo, o colo uterino apresenta uma abertura maior, há maior fluidez do muco cervical e contratibilidade uterina. Essas três características podem facilitar a ascensão das bactérias para o endométrio, tubas e ovários.

Inicialmente, a DIP irá causar uma infecção do endométrio. Quando não tratada, pode evoluir para a salpingite (infecção nas tubas), abscesso tubo-ovarino e, em alguns casos, para uma peritonite pélvica.

De acordo com o ginecologista Dr. Edvaldo Cavalcante, as complicações da DIP incluem dor pélvica crônica, infertilidade por fator tubário e gravidez ectópica.

Sintomas da Doença Inflamatória Pélvica

As manifestações clínicas da DIP são muito diversificadas e isso pode atrasar o diagnóstico. Além disso, algumas mulheres não apresentam sintomas e só descobrem o problema ao tratar a infertilidade. A condição, porém, pode dar sinais como:

  • Dor abdominal abaixo do umbigo
  • Corrimento vaginal amarelado ou esverdeado
  • Forte odor vaginal
  • Febre
  • Dor durante o exame ginecológico
  • Sangramento uterino anormal
  • Dor na relação sexual (dispareunia)
  • Dor para urinar

Doença Inflamatória Pélvica: tratamento e prevenção

Após o diagnóstico de DIP, o tratamento geralmente é clínico, com uso de analgésicos e antibióticos. Quando não há resposta do organismo à terapia medicamentosa, pode ser necessário realizar uma videolaparoscopia para drenar possíveis abcessos tubo-ovarianos.

A melhor maneira de prevenir a DIP é usar o preservativo em todas as relações sexuais. Também é fundamental que as mulheres na faixa etária de risco consultem o ginecologista regularmente.

Cuidados com a saúde feminina

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