Há um tipo de conjuntivite que é alérgica, não tem cura e ataca dois olhos de uma vez
Existe um tipo de conjuntivite que é causada por alergia, em um processo semelhante ao da rinite. Diferente do tipo bacteriano ou viral, a irritação alérgica não é contagiosa, mas pode causar grande incômodo na vida do paciente. Saiba mais:
Conjuntivite alérgica x viral e bacteriana
Assim como a viral ou a bacteriana, a conjuntivite alérgica afeta a membrana que reveste a parte branca do olho e a superfície interna das pálpebras, chamada de conjuntiva.
De acordo com o oftalmologista Geraldo Canto, da Clínica Canto, ela se difere dos outros tipos por ser resultado de uma hipersensibilidade que certas pessoas desenvolvem a determinadas substâncias - sendo a mais comum os ácaros.
Eles são micro-organismos que vivem em ambientes escuros e pouco arejados, como armários, livros e roupas antigas. Geralmente, estão acompanhados de outro alérgeno, o pó. Outras causas de conjuntivite bacteriana são o pólen liberado por algumas plantas, especialmente na primavera, os pelos de animais e a poluição urbana.
Como diferenciar os tipos de conjuntivite?
Diferente da doença causada por bactérias ou vírus, a alérgica não apresenta muco e geralmente está relacionada a espirros e coriza.
Além disso, os dois olhos são afetados ao mesmo tempo, o que pode não ocorrer nas outras vertentes da doença.
Por não ser causada por micro-organismos, ela também não é contagiosa.
Apesar dessas evidências, somente um profissional da saúde poderá determinar o diagnostico e o método de tratamento corretos.
Quem tem rinite está mais exposto
O especialista confirma que pacientes com rinite alérgica, reação inflamatória que causa coriza e espirros, estão mais propícios a desenvolver conjuntivite, já que a hipersensibilidade pode se manifestar tanto na mucosa nasal quanto no tecido externo do olho.
Sintomas de conjuntivite alérgica
A conjuntivite alérgica costuma ser crônica, tendo períodos de melhora e piora a depender do grau de exposição ao ativo causador do incômodo:
- Coceira crônica
- Lacrimejamento
- Espasmos nas pálpebras
- Olhos avermelhados
- Pálpebras inchadas
É perigoso?
A falta de tratamento adequado a pode levar ao desenvolvimento de complicações nas córneas, que vão desde edemas até úlceras.
Tratamento para conjuntivite alérgica
Embora não tenha cura, a conjuntivite alérgica costuma melhorar após os 25 anos de idade. Apesar disso, o ideal é tratá-la o quanto antes para recuperar a qualidade de vida do paciente, já que essa doença pode ser muito incômoda.
O oftalmologista Geraldo Canto ainda explica que o tratamento inicial consiste na identificação, por meio de exames laboratoriais, e eliminação de substâncias alérgenas, como bichos de pelúcia, cobertores e tapetes.
Durante as crises, é indicado fazer compressas com água fria nos olhos e utilizar colírios de lágrimas artificiais para lubrificá-los.
Em alguns casos de inflamação intensa pode ser necessário o uso de colírio antialérgico.
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