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Cientistas comprovam que antidepressivos funcionam mesmo e listam os melhores

Publicado 22 Fev 2018 – 01:41 PM EST | Atualizado 14 Mar 2018 – 03:26 PM EDT
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O uso de antidepressivos tem se popularizado nos últimos anos, mas ainda há dúvidas acerca da efetividade desses remédios. A fim de esclarecê-las de uma vez por todas, cientistas de diversas universidades se uniram para criar um amplo estudo a respeito da eficácia dos remédios para depressão em adultos.

Estudo avalia ação de antidepressivos

O estudo, publicado no jornal científico The Lancet, analisou dados de 522 trabalhos científicos que testam 21 diferentes tipos de antidepressivos e os cruzou com informações cedidas por empresas farmacêuticas e acadêmicos.

As pesquisas inspecionadas incluíram, ao todo, mais de 116 mil participantes de ambos os sexos, com idades acima de 18 anos, que tinham depressão e foram tratados por ao menos oito semanas.

A primeira conclusão foi que todos os tipos de antidepressivos estudados são mais efetivos do que os placebos - pílulas sem reais efeitos terapêuticos, mas que podem reduzir sintomas por meio da crença do paciente. Foi constatado que os remédios são capazes de diminuir os sinais de depressão em no mínimo 50%.

Antidepressivos mais e menos eficazes

Embora tenha sido descoberto que todos os antidepressivos funcionam mais do que placebo, alguns são mais eficazes que outros. Os melhores avaliados em análises comparativas foram:

  • agomelatina (nome comercial: Valdoxan, Melitor e Thymanax)
  • amitriptilina (Elavil)
  • escitalopram (Lexapro e Reconter)
  • mirtazapina (Remeron)
  • paroxetina (Paxil)
  • venlafaxina (Efexor XR) e
  • vortioxetina (Trintellix)

Já os menos efetivos, segundo o estudo, são:

  • fluoxetina (Prozac)
  • fluvoxamina (Faverin)
  • reboxetina (Edronax) e
  • trazodona (Desyrel)

Quanto à aceitabilidade dos pacientes em relação ao tratamento, agomelatina, citalopram, escitalopram, fluoxetina, sertralina e vortioxetina foram mais toleráveis do que outros antidepressivos, enquanto amitriptilina, clomipramina, duloxetina, fluvoxamina, reboxetina, trazodona e venlafaxina registraram as maiores taxas de abandono.

Como agem os antidepressivos?

Essa classe de medicamento visa prolongar a função de neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar e disposição, como serotonina e noradrenalina, que ficam alterados em estados de depressão, ansiedade ou bipolaridade.

Os benefícios da ação dos antidepressivos são notados a partir da quarta semana de uso, mas vale lembrar que o período de adaptação pode ser maior porque é necessário regular a dose ou encontrar o medicamento mais adequado para cada paciente.

Apesar dos achados da pesquisa, a escolha do antidepressivo ideal para cada caso só pode ser feita por um médico a partir da análise individualizada do paciente.

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