Matar macacos NÃO é solução contra febre amarela e ainda sabota controle da doença

O aumento de casos confirmados de febre amarela em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, assim como ocorre em períodos de surto de outras doenças, gera preocupação, dúvidas, desencontro de informações e até mesmo certo caos entre as pessoas.

Macacos ajudam a controlar a febre amarela

Um exemplo claro do pânico e do desconhecimento sobre a febre amarela é a matança de macacos que tem sido noticiada recentemente por órgãos de saúde e pela mídia. Além de extrema crueldade, o ato ignorante somente atrapalha o controle da doença.

Muita gente acredita que os macacos são responsáveis pela propagação da febre amarela e, por isso, devem ser abatidos. No entanto, o animal não somente é incapaz de transmitir o vírus como também é fundamental para combater o problema. Matar os macacos, inclusive, deixa os humanos ainda mais expostos à doença.

A febre amarela é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos silvestres e têm preferência por sangue de primatas. Como vivem normalmente na copa das árvores, os macacos acabam sendo as primeiras vítimas do agente transmissor.

Os animais, portanto, podem servir como uma espécie de alerta para riscos em humanos, pois, à medida que morrem por febre amarela, ajudam os pesquisadores a identificar focos da doença. Ao serem sacrificados, os macacos então deixam de ser “iscas” para os mosquitos, que terão que buscar alimento em outras regiões, chegando assim aos seres humanos.

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