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Modelo explica relação de seu peso com síndrome de tireoidite de Hashimoto

Publicado 16 Fev 2018 – 01:07 PM EST | Atualizado 14 Mar 2018 – 04:15 PM EDT
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Mundialmente famosa, a modelo Gigi Hadid veio a público se explicar sobre a sua atual aparência após ser bastante criticada por estar magra demais.

Conforme explicou em suas redes sociais, ela está comendo o mesmo que comia antes. A diferença é que, no começo de sua carreira, ela ainda não havia sido diagnosticada com a síndrome de Hashimoto, causada por um distúrbio na tireoide.

O quadro é capaz de alterar o metabolismo, causando mudanças no funcionamento do organismo, além de inchaço corporal.

Gigi Hadid revela problema na tireoide

A declaração foi feita através da conta oficial de Hadid no Twitter. Com pequenos textos, a modelo falou pela primeira vez sobre os comentários que têm recebido sobre as alterações de peso.

"Para aqueles que estão tão determinados a criar explicações sobre por que meu corpo mudou ao longo dos anos, talvez vocês não saibam, mas quando comecei aos 17 anos, eu não era diagnosticada com a doença de Hashimoto", revelou.

A modelo ainda aproveitou a oportunidade para criticar aqueles que sempre apontam "imperfeições" nos corpos alheios. Segundo ela, aos 17 anos, quando ainda não havia descoberto a doença, muitos chegaram a dizer que ela "grande demais para a indústria da moda". 

"O que vocês viam naquela época era inflamação e retenção de líquidos devido à doença", explicou.

Ela revelou que nos últimos anos está sendo devidamente medicada, o que ajudou a controlar inchaço corporal, bem como outros sintomas, como "fadiga extrema, problemas de metabolismo, habilidade do corpo de reter calor, etc." Além do mais, Gigi também contou que fez parte de uma terapia holística para equilibrar seus níveis de hormônio da tireoide.

Hoje, em tratamento contra a doença, ela explica que o inchaço e a retenção de líquidos já não existem, o que a fez parecer mais magra.

O que é síndrome de Hashimoto?

A tireoidite de Hashimoto, também chamada de tireoidite linfocítica crônica, é uma doença autoimune caracterizada pela inflamação da glândula tireoide, localizada no pescoço, provocada por uma falha no sistema imunológico.

A endocrinologista Rosália Padovani, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia explica que o quadro leva o organismo do paciente a produzir anticorpos contra as células da tireoide, causando a destruição da glândula ou comprometimento de seu funcionamento.

Causas e sintomas

Ainda não são conhecidos os motivos que levam à produção de anticorpos contra as células da tireoide, mas, além de hipóteses que envolvem infecções virais ou bacterianas e determinados medicamentos, a herança genética é a causa mais provável da doença, pois já foi avaliado que ela é mais comum em membros de uma mesma família.

Segundo a médica Rosália Padovani, a síndrome acomete mais mulheres do que homens.

A tireoidite de Hashimoto é uma doença silenciosa e, portanto, pode demorar a ser descoberta. Não existem sintomas típicos, mas alguns sinais podem indicar o problema, como sonolência e cansaço excessivos, diminuição da frequência cardíaca, piora na concentração, depressão, prisão de vente, pele seca, cãibras, alterações no ciclo menstrual, ganho de peso, impotência e baixa na libido.

Como a síndrome de Hashimoto causa ganho de peso?

A endocrinologista explica que, como a glândula da tireoide desempenha importante papel na regulação do metabolismo e no processo de emagrecimento, a doença pode provocar alterações no peso.

Embora a impressão seja de ganho de gordura, o que acontece de fato é que o corpo passa a reter mais líquido, podendo provocar um aumento entre 5 kg a 10 kg no peso corporal do paciente.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito através de um exame de sangue que mede o marcador TSH (hormônio que estimula a tireoide). Caso seja identificada alguma alteração, o médico irá pedir outros exames complementares.

Se a doença se confirmar, o paciente deve iniciar um tratamento para toda a vida, uma vez que a doença não tem cura. Ele é feito, em sua maioria, através de medicamentos que realizam a reposição hormonal. A dose que deve ser ingerida, entretanto, deve ser avaliada com base no peso de cada paciente.

Distúrbios da tireoide:

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