Hábito bem comum (todo mundo já fez um dia) aumenta muito os riscos de infarto

Levantar atrasado para o trabalho, correr até a geladeira e pegar um iogurte ou uma fruta para comer, abrindo mão de um café da manhã reforçado. Quem nunca? O problema é quando a atitude se torna um hábito. Isto porque ele pode ser muito mais arriscado para a saúde do que muita gente imagina.

Deixar de tomar café da manhã regularmente não somente afeta a alimentação e o bom funcionamento do organismo como também pode aumentar as chances de sofrer de uma doença séria e que leva ao infarto.

Pular o café da manhã aumenta riscos de infarto

Um estudo divulgado pela publicação científica Journal of the American College of Cardiology mostrou que comer mal no período matutino dobra os riscos de desenvolver arteriosclerose, condição caracterizada pelo aumento da espessura da parede das artérias e que, em alguns casos, pode levar à morte.

Para o levantamento, os pesquisadores analisaram a saúde e as dietas de 4.052 pessoas de meia-idade, sem histórico de doença cardiovascular e coletaram dados sobre aos índices de massa corporal, taxas de colesterol, tabagismo, nível de escolaridade e de atividade física dos voluntários.

Do total, 25% das pessoas tomavam um café da manhã completo e ingeriam cerca de 20% das calorias diárias no desjejum. Por outro lado, 70% dos participantes do estudo comia mal no período matutino e consumia somente entre 5% e 20% das calorias na primeira refeição do dia.

Foi descoberto, então, que aqueles que comiam pouco ou mal no café da manhã apresentavam maior diâmetro corporal na altura da cintura, maior índice de massa corporal, pressão arterial mais elevada, além de níveis mais altos de glicose em jejum.

Além disso, foi notado que os voluntários que consumiam menos de 5% das calorias diárias recomendadas no desjejum tinham quase duas vezes mais gordura nas artérias do que aqueles que faziam uma refeição matutina de alto teor calórico. Os riscos, segundo o estudo, não estavam relacionados aos outros fatores, como sedentarismo, tabagismo e taxas de colesterol.

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