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Sentir medo de situações comuns pode ser agorafobia: como identificar e tratar?

Publicado 30 Out 2017 – 05:00 AM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 01:33 PM EDT
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Ao identificar ameaças, o cérebro libera uma série de substâncias que geram reações físicas e emocionais, como taquicardia e ansiedade. O grande problema é que nem sempre esses perigos são reais. 

O transtorno de agorafobia é um dos que potencializam o medo de situações que seriam encaradas normalmente por outras pessoas. Saiba mais sobre ele a seguir:

O que é?

Agorafobia é um tipo de transtorno de ansiedade bem específico. Nele, o indivíduo sente medo de qualquer situação ou local da qual ele imagina que seria embaraçoso ou difícil fugir, ou onde seria complicado receber socorro, caso algo ruim acontecesse.

"Geralmente, tem ligação com lugares em que muitas pessoas se reúnem, o que deixa o sentimento de não conseguir escapar ou de ser pisoteado caso o público se desespere", exemplifica o psiquiatra Rafael Brandes Lourenço, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Os locais que mais abalam os agorafóbicos são ônibus, carros, túneis, aviões, salas de espera, shows, elevadores, cinema, entre outros que envolvem aglomerações de pessoas.

Pode surgir com ou sem síndrome do pânico

Na maioria das vezes, a agorafobia está associada a ataques de pânico: o indivíduo tem medo de vivenciar situações que podem desencadear ataques, o que o faz evitá-las e, consequentemente, privar sua liberdade.

Porém, há casos em que a ansiedade apresentada pelo paciente não chega a ser tão intensa a ponto de causar síndrome do pânico, somente a agorafobia.

Sintomas de agorafobia

Segundo o especialista, o transtorno causa mal-estar e ansiedade ao estar em lugares cheios, o qual pode ser tão intenso a ponto de gerar sintomas de crise de pânico, que incluem falta de ar, dor no peito, enjoo, tontura e medo.

Em casos graves, pode fazer com que o indivíduo evite frequentar locais que possam desencadear crises, o que prejudica amplamente sua qualidade de vida.

Tratamento é essencial

Se não tratado, o agorafóbico pode até passar a ter sintomas menos intensos, mas ainda assim frequentes. 

Como o transtorno não desaparece sozinho, a forma de curá-lo é por meio do tratamento que pode envolver uso de antidepressivos, que reduzem a reatividade do sistema de alerta que causa ansiedade, e psicoterapia, a qual auxilia na identificação dos pensamentos exagerados e na retomada da lógica.

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