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Dor nas costas e perda de altura podem ser indícios de osteoporose: 1 em 3 mulheres tem

Publicado 20 Out 2017 – 05:00 AM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 01:37 PM EDT
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De acordo com a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo, 10 milhões de brasileiros sofrem com a osteoporose,  doença que afeta os ossos e aumenta o risco de fraturas. Apesar de ser uma condição de alto impacto, o reumatologista Fábio Freire afirma que apenas 20% dos casos já receberam diagnóstico. 

A não identificação é, na maior parte das vezes, explicada pela ausência de sintomas, já que a osteoporose só costuma ser notada em estágios avançados. No entanto, há alguns sinais que indicam seu desenvolvimento.

O que é?

Segundo o reumatologista Fábio Freire, coordenador do Núcleo Especializado no Tratamento da Osteoporose da Unidade Campo Belo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (São Paulo), diferente do que parecem, os ossos são extremamente vivos e estão em frequente modificação para se adaptarem às necessidades de cada indivíduo.

Essa adequação acontece pela reabsorção do osso e criação de um novo, simultaneamente. Já na osteoporose, há excesso de absorção do osso e redução na formação de um novo.

Isso resulta na diminuição progressiva da densidade óssea e no aumento do risco de fraturas.

Quem pode ter?

De acordo com o médico, a doença afeta uma a cada três mulheres acima de 65 anos. O índice é alto porque é após a menopausa que ocorre a diminuição dos níveis de estrogênio, hormônio essencial para regular o processo de formação e reabsorção dos ossos. 

Apesar de ser mais comum em mulheres, estima-se que  um em cada cinco homens acima dos 70 anos tenha osteoporose, motivada especialmente pela queda do nível de testosterona.

Maioria das pessoas não sabe que tem a doença

Segundo o especialista, os casos de osteoporose são mais comuns do que a soma dos de câncer de mama, Parkinson e Acidente Vascular Cerebral (AVC). O grande problema é que a maior parte desses pacientes não recebeu diagnóstico.

"Existem pessoas que quebram ossos com um simples escorregão, vão ao pronto-socorro e saem sem saber que têm osteoporose", alerta o reumatologia.

Para garantir a identificação precoce e evitar o progresso da doença, é recomendado fazer o exame de densitometria, um teste indolor e rápido que mede a densidade dos ossos.

A realização anual é indicada para mulheres a partir da menopausa e homens acima dos 70 anos, mas o rastreamento pode ser realizado antes caso existam fatores de risco. 

Causas

Apesar de ainda não serem completamente entendidas, as causas de osteoporose incluem diversos fatores, que podem ser permanentes ou modificáveis.

Permanentes

Além da queda de hormônios após a terceira idade, a osteoporose pode ser causada por hereditariedade. "Se alguém tem um parente de primeiro grau com osteoporose, é provável que também terá", ressalta o reumatologista Fábio Freire.

O uso de algumas classes de medicamentos, como corticoides, também pode oferecer risco, assim como baixo índice de massa corporal (IMC), visto que aumenta a pressão muscular sobre o osso. 

Indivíduos da raça amarela e branca têm mais chance de apresentar o problema.

Modificáveis

Já os fatores modificáveis são hábitos escolhidos e que podem ser alterados. Entre eles, há tabagismo e alcoolismo, que interferem no metabolismo das células ósseas.

A baixa ingestão de cálcio e vitamina D ao longo da vida também contribui para o desenvolvimento da doença osteoporose, assim como outros 19 nutrientes que são essenciais para ossos.

Sedentarismo é outro fator de risco, pois a falta de atividade física impede a criação de uma musculatura forte, que alivie os ossos, dê mais equilíbrio e previna quedas.

Osteoporose e osteopenia

Em alguns casos, o paciente recebe o diagnóstico de osteopenia, que é uma fase anterior à osteoporose. Ou seja, ocorre quando a perda de massa óssea ainda não é tão expressiva.

Apesar de menos grave, a condição também aumenta o risco de fratura, mas em menor escala do que a osteoporose.

Sintomas de osteoporose

O acometimento só se manifesta quando o indivíduo sofre fraturas, sendo que as mais frequentes são nos pulsos, fêmur e vértebras.

Nem sempre tais quebras geram dores intensas, o que faz com que muita gente ignore o problema por acreditar que não é grave. Apesar disso, é possível notar as fraturas por outros sinais, como:

Diminuição do tamanho

Em decorrência das faturas nas vértebras, pode haver redução da altura do indivíduo.

"As rupturas ósseas tem consequência na postura. Elas geram cifose, que é o aumento da curvatura da coluna, o que cria uma corcunda que reduz centímetros de altura", esclarece o médico Fábio Freire.

Dor

Em alguns casos, as fraturas resultam em dores muito intensas e que logo levam o indivíduo ao atendimento médico, que diagnostica a ruptura do osso.

Em outros, as dores podem ser menos óbvias, afetando as costas de maneira moderada e até mesmo leve. Com isso, o indivíduo acaba por ignorar o problema.

Osteoporose não tem cura

osteoporose não ter cura definitiva, mas pode ser controlada por meio de uma ampla gama de alternativas muito eficazes, como medicamentos, reposição hormonal, exercícios físicos e ingestão de cálcio e vitamina D por suplementos ou alimentos.

Como evitar?

Apesar dos fatores causadores permanentes, sobre os quais não se pode fazer nada, há àqueles que podem ser modificados por meio de hábitos saudáveis, como:

  • Ter um estilo de vida fisicamente ativo, praticando atividades físicas desde a infância;
  • Manter alimentação saudável e com adequados níveis de cálcio e vitamina D;
  • Tomar sol diariamente para garantir o aumento dos níveis de vitamina D;
  • Evitar fatores de risco, como alcoolismo e tabagismo.

Prevenção da osteoporose: saiba mais

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