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Mayana Moura revela que foi internada após ter uma crise de mania: entenda o transtorno

Publicado 6 Out 2017 – 05:12 PM EDT | Atualizado 12 Jul 2018 – 11:27 AM EDT
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A atriz Mayana Moura utilizou o Instagram para quebrar o tabu e o silêncio que rondam os transtornos psiquiátricos. Em um post corajoso, a artista não só revelou que sofre de bipolaridade como também disse que foi internada em um clínica há aproximadamente um ano para se recuperar após um surto.

O que é bipolaridade?

Bipolaridade é doença marcada pela alternância de dois estados de humor: a mania ou hipomania e a depressão, além de um período assintomático.

Os primeiros quadros têm como característica episódios intensos de exaltação e euforia (sendo a hipomania uma manifestação mais branda), enquanto o segundo é marcado por tristeza e desânimo constantes.

"Como os episódios de mania/hipomania e depressão são pólos opostos, a denominação 'bipolar' foi adotada", explica o psiquiatra Fábio José Pereira da Silva, da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Doctoralia.

Ainda não foram identificadas as reais causas do desenvolvimento da bipolaridade, embora teorias indiquem que alterações na estrutura e química cerebral e fatores sociais, como episódios traumáticos, possam provocar a bipolaridade.

O que é crise de mania?

As crises dizem respeito à brusca oscilação do humor, em que o estado de mania pode prevalecer por dias e ser seguido por uma fase de humor deprimido, com duração que pode ser de meses. O grau da crise determina sua periculosidade para o paciente.

Na bipolaridade tipo 1, o quadro é mais sério e geralmente compromete a qualidade de vida do sujeito. Na bipolaridade tipo 2, as alternâncias de humor são mais brandas e nem sempre há prejuízos expressivos.

Pausa na carreira

Mayana precisou passar um período de quatro anos longe das novelas para se dedicar à família, que mora nos Estados Unidos, e aos cuidados com sua saúde mental. Com o relato público, a atriz afirmou que pretende ajudar na luta contra o estigma das doenças psiquiátricas.

"Há mais ou menos um ano, após uma grave crise de mania, fui internada e diagnosticada com transtorno bipolar tipo 1, e decidi falar sobre isso abertamente hoje para ajudar na luta contra o estigma das doenças psiquiátricas. Quem sabe, inspirar pessoas que como eu sofrem com essa doença a procurar um médico e a manter a vida sob controle", escreveu na legenda da foto.

"Não tem cura, mas tem tratamento e deve ser levado muito a sério. Desejo a todos que sofrem com doenças mentais muita força e responsabilidade de buscar ajuda e fazer seus tratamentos sem interrupções. É possível ser feliz e se sentir bem, quando há tratamento. Se cuidem com amor", alertou Mayana.

Quando a internação pode ser necessária?

Tanto na mania quanto na depressão, os sintomas são intensos e provocam profundas mudanças comportamentais e de conduta, que podem comprometer não só os relacionamentos familiares, afetivos e sociais, como também o desempenho profissional, a posição econômica e a segurança do paciente e das pessoas que com ele convivem.

Devido a esses fatores, a internação se torna recomendável quando há aumento nas chances de suicídio ou da incidência de complicações psiquiátricas.

Quem pode desenvolver a doença?

De acordo com Pereira da Silva, o histórico de parente de primeiro grau com transtorno bipolar aumenta em até 10 vezes a chance de um indivíduo ter a condição, se comparado à população sem antecedentes. Por isso, o histórico familiar do distúrbio é um fator importante para ser analisado.

Especialistas recomendam buscar auxílio médico rapidamente ao notar qualquer alteração de humor. Com o cuidado precoce, fica mais fácil tanto para a família quanto para o paciente lidarem com a doença.

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