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Quer parar com a pílula? 10 opções eficazes de contraceptivos com e sem hormônios

Publicado 26 Out 2017 – 05:00 AM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 02:01 PM EDT
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Cada vez mais, o movimento de mulheres que querem parar de tomar pílula anticoncepcional ganha força, principalmente devido aos efeitos colaterais e riscos aderidos, como trombose, acúmulo de líquido, queda na libido e enxaqueca.

Todavia, não é necessário suspender todos os contraceptivos, visto que há uma ampla gama de opções que se adequam aos mais variados gostos e particularidades.

Métodos contraceptivos além da pílula: como escolher?

Apesar das variadas opções, o ideal é que o método anticoncepcional seja escolhido em conjunto com o ginecologista, após exames e um diálogo sincero para identificar os prós e contras dos métodos para cada pessoa.  

A seguir, veja os principais métodos anticoncepcionais para quem quer parar de usar pílula:

Sem hormônios

São voltados às mulheres que apresentam contraindicação formal para o uso de hormônios, como histórico de doença cardiovascular na família, ou para as que simplesmente preferem uma contracepção livre de substâncias sintéticas. 

Diafragma

É um anel flexível, de látex e em forma de cúpula. Quando colocado na vagina, impede o contato do sêmen com o colo do útero. 

O diafragma deve ser inserido 30 minutos antes da relação sexual, mas requer que um ginecologista meça o colo do útero da mulher para indicar o tipo e tamanho ideal. É um método eficaz, mas a utilização incorreta aumenta o risco.

DIU de cobre

O dispositivo intra-uterino (DIU) de cobre age por meio da liberação de sua estrutura, que gera inflamação no endométrio - tecido que reveste o útero - e resulta em um ambiente nada favorável aos espermatozoides e, consequentemente, à fecundação.

Algumas mulheres podem ter acúmulo de líquido, acne e um pouco de cólica, sobretudo nos três primeiros meses após a implantação.

É um método seguro, eficaz e de longa duração, mas requer exames anuais para verificar se o DIU está bem posicionado.

Tabelinha

tabelinha se baseia no cálculo do período fértil com o objetivo de aumentar a chance de gravidez ou evitá-la. Como contraceptivo, o método exige que a mulher evite relações sexuais ou use preservativo nos períodos em que há maior risco.

Sua principal vantagem é a ausência de efeitos colaterais ou riscos. 

Entretanto, o ginecologista e obstetra Sérgio Kobayashi, especialista do Delboni Medicina Diagnóstica, alerta que utilizar o método como única forma de evitar a fecundação é arriscado, já que o organismo feminino pode sofrer alterações que modificam os períodos do ciclo reprodutivo.

Preservativo

É o único método que evita a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, o que é uma baita vantagem além da contracepção, que tem 95% a 98% de eficácia.

O preservativo atua forrando a vagina, no caso da versão feminina, ou recobrindo o pênis, no caso da camisinha masculina, com um material elástico que geralmente é látex. Ele impede a passagem do sêmen para a cavidade feminina e, deste modo, evita a fecundação.  

Sintotermal

Assim como a tabelinha,  sintotermal é um método de percepção da fertilidade que pode ser usado tanto por quem deseja evitar uma gestação quanto por quem quer tê-la. 

A técnica se baseia em três tarefas diárias: medição da temperatura basal, análise do muco cervical e verificação do colo do útero. Tais características conseguem criar um padrão que diz se a mulher está no período fértil ou não. 

Um estudo publicado na Universidade de Oxford, da Inglaterra, mostrou que, se realizado da forma correta e com o uso do preservativo no período da ovulação, o sintotermal é tão eficaz contra a gravidez que sua taxa de falha é de apenas 0,6 a cada 100 mulheres.

A maior dificuldade do método é seguir todos os passos, anotá-los e ainda respeitar as regras que mantêm sua eficácia, como dormir a quantidade de horas suficiente, medir sempre no mesmo horário e aguardar o período de adaptação antes de se entregar de cabeça à técnica e deixar de usar outro método de barreira.

Contraceptivos hormonais

Além das mulheres sem contraindicação e das que não se incomodam em receber hormônios, os métodos anticoncepcionais hormonais também são indicados para portadoras de patologias que pioram no fluxo menstrual, como endometriose e adenomiose. Ainda por cima, podem aliviar acne e cólica.

Adesivo

Muito simples de usar, consiste em um adesivo bege, parecido com um curativo, o qual libera hormônios derivados da progesterona e do estrogênio que impedem a ovulação.

Deve ser trocado semanalmente, por três semanas consecutivas, e seguido de um intervalo de sete dias sem uso.

O adesivo anticoncepcional tem 91% de eficácia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e pode ser colocado em qualquer parte do corpo, mas é preciso ter cuidado pois qualquer atrito pode colaborar com seu descolamento, o que anulará a ação contraceptiva. 

Anel vaginal

Trata-se de objeto de silicone que é inserido mensalmente na vagina da mulher. Ele libera estrogênio e progesterona, que são hormônios que impedem a ovulação. Sua eficácia é igual a do adesivo: 91%.

DIU Mirena

Esse tipo de DIU age por meio da liberação do hormônio progesterona, que espessa o muco do colo do útero e afina o endométrio. Como resultado, o espermatozoide não consegue penetrar o óvulo.

O método ainda interrompe a menstruação ou reduz os ciclos menstruais no que se refere à duração e intensidade.

É muitíssimo eficaz, mas requer acompanhamento anual para verificar se o dispositivo está no local correto.

Injeção

Já a indicação do anticoncepcional injetável atrai especialmente mulheres que desejam um contraceptivo de longa duração, mas que não seja um implante.

Há duas versões do produto, uma mensal e outra trimestral. Ambas liberam pequenas cargas de hormônios, que pode ser estrogênio com progesterona ou só progesterona. 

Independente da duração, a injeção contraceptiva age inibindo a ovulação porque deixa o muco cervical inadequado e afina o endométrio. Sua eficácia gira em torno de 97%.

Implanon

É um pequeno bastão de 4 cm de comprimento que é colocado sob a pele do antebraço. Ele libera o hormônio derivado da progesterona, que tem ação contraceptiva pela inibição da liberação do óvulo e modificação do muco do colo do útero. 

É considerado o método anticoncepcional mais eficaz que existe e ainda tem o atrativo de aliviar os sintomas da tensão pré-menstrual (TPM).

O implante dura três anos e geralmente inibe a menstruação por completo, mas pode haver escapes.

Métodos contraceptivos: vantagens e desvantagens

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