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Fungos habitam naturalmente a vagina, mas excesso causa doenças; como evitar?

Publicado 6 Out 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 03:02 PM EDT
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Por mais estranho que pareça, os fungos nas partes intimas femininas vivem em harmonia com os demais micro-organismos dessa região. O problema surge quando eles se multiplicam de forma descontrolada. 

Fungo na vagina: o que pode ser?

As infecções vaginais por fungos são causadas principalmente pela candida, um micro-organismo que habita naturalmente a região íntima, mas que em excesso causa a candidíase.

"Existem varias espécies, mas a mais comum é a candida albicans", complementa o ginecologista e obstetra Marcos Tcherniakovsky, mestre e Doutor pela Faculdade de Medicina da Fundação ABC e especialista em Vídeo-Endoscopia Ginecológica

Causas

A proliferação exacerbada de fungos tem origem em fatores tais como baixa da imunidade (causada por remédios ou má alimentação), consumo excessivo de carboidratos e uso de anticoncepcionais hormonais.

Lavar demais faz mal

Higienizar e secar a vagina é importante para evitar a proliferação de fungos, que gostam de sujeira e umidade.

Entretanto, exagerar nas lavagens pode ser ruim. "Altera o pH vaginal e reduz a quantidade de bactérias benéficas que habitam a vagina, dando oportunidade para as maléficas e fungos", explica o médico.

É transmissível?

Esse é um tema que divide opiniões. De acordo com o ginecologista Marcos Tcherniakovsky, infecções fúngicas podem ser transmitidas sexualmente da mulher para o homem e vice-versa.

Já o urologista César Milton Marinellim defende que a doença só se manifestará se a pessoa contaminada estiver com baixa imunidade ou outros requisitos que facilitem a proliferação do micróbio.

Como ainda não há um consenso, o melhor é usar camisinha e prevenir essa e outros tipos de doenças íntimas:

Sintomas de fungo na vagina

Independente da espécie de fungo, os sintomas são muito semelhantes e incluem:

  • Coceira na vagina (região íntima interna) ou vulva (parte externa)
  • Corrimento vaginal esbranquiçado
  • Vermelhão e coceira na vulva
  • Ardência vaginal e ao urinar

Complicações

Se não tratada, a  micose na vagina pode viajar na corrente sanguínea e afetar outras áreas, como esôfago, cérebro e pulmões, além de comprometer órgãos genitais como útero e trompas.

Tratamento

O primeiro passo é procurar um ginecologista para que seja realizada uma investigação que confirme ou descarte a infecção fúngica.

Já as terapias incluem medicamentos antifúngicos orais ou vaginais e banhos de assento com camomila, bicarbonato de sódio ou cloridrato de benzidamina.

Como prevenir?

Apostar em alimentos que fortalecem a flora também é uma boa alternativa para reforçar a imunidade e, consequentemente, evitar o excesso de fungos na vagina. Alho, cebola, sucos com clorofila e  iogurte probiótico kefir são opções saudáveis. Evitar o consumo excessivo de carboidratos também é importante.

Já os cuidados quanto à higiene consistem em lavar a vagina diariamente uma vez ao dia, visto que a frequência menor ou maior contribui com alterações no pH íntimo.

Outro erro que abafa a vagina é usar de roupas apertadas, quentes ou molhadas, que criam um ambiente perfeito para os micróbios.

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