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Tipo de câncer no sangue, como o de Luiz Melodia, é muito mais comum depois dos 60

Publicado 4 Ago 2017 – 11:03 AM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 03:06 PM EDT
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O cantor carioca Luiz Melodia morreu aos 66 anos na madrugada desta sexta-feira (4), no Rio de Janeiro (RJ), em decorrência de complicações de um câncer na medula conhecido como mieloma múltiplo. A informação foi confirmada pela assessoria do artista e pelo hospital em que estava internado.

Câncer de Luiz Melodia

Com 46 anos de carreira, Melodia lutava contra o câncer desde o início de 2017 e chegou a realizar um autotransplante de medula - um dos únicos tratamentos considerados promissores para a condição - pelo qual respondeu bem e chegou a receber alta no fim de junho.

Contudo, o tratamento quimioterápico não surtiu bons efeitos e o estado do compositor se agravou ontem, enquanto estava internado no hospital Quinta D'Or, na capital fluminense.

Filho do sambista Oswaldo Melodia, o cantor é responsável por clássicos nacionais como "Pérola Negra" e "Magrelinha". Além de seu legado, ele deixa esposa e filho. 

O que é mieloma múltiplo?

A condição começa na medula óssea, que é um líquido gelatinoso popularmente conhecido como tutano, cuja função é produzir sangue e anticorpos. 

De acordo com a Sociedade Americana de Câncer, o mieloma múltiplo é caracterizado pela multiplicação excessiva de plasmócitos malignos, que são células que normalmente atuam na produção de anticorpos - proteínas que combatem ameaças no organismo como doenças.

Quem pode ter?

Todas as pessoas podem ter, mas esse tipo de câncer é mais comum (cerca de 80%) em pessoas com mais de 60 anos, segundo a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).

Sintomas

Em alguns casos, o problema pode ser assintomático. Já em outros se manifesta pelos sintomas das doenças que decorrem do enfraquecimento do sistema imune e de outras alterações causadas pela doença, como:

  • Insuficiência renal
  • Infecções frequentes
  • Anemia
  • Cansaço
  • Infecções respiratórias graves
  • Dores intensas nos ossos

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de mieloma múltiplo só é confirmado por meio do exame eletroforese de proteína, que separa a proteína do sangue em pequenas partes e a analisa. Também podem ser feitos outros testes como biopsia da medula óssea e hemograma.

Apesar de não ter cura, o problema pode ser controlado de modo com que o paciente tenha uma boa qualidade de vida e não apresente intercorrências significativas.

Já o tratamento inclui associação de quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e, se necessário, o autotransplante de medula óssea. Além disso, são usados medicamentos como a talidomida e a lenalidomida, que reduzem a chance de progresso da doença.

Cânceres que aferam a medula óssea

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