null: nullpx
cólica-Tasaudavel

Dor pélvica pode indicar endometriose, cistite + 7 condições sérias: como identificar quadro

Publicado 1 Nov 2017 – 05:00 AM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 03:09 PM EDT
Compartilhar

Sentir dor na região pélvica pode ser muito mais do que uma simples cólica menstrual. Diversas condições sérias podem provocar o incômodo na mulher e engana-se quem acha que estão todas ligadas aos órgãos reprodutores.

O que é dor pélvica?

É uma sensação de intensidade leve, moderada ou forte que na maioria das vezes é semelhante à cólica.

Pode ser causada por diversas condições e, quando crônica, compromete as atividades diárias, prejudica relações sexuais e causa distúrbios como ansiedade e depressão

Causas de dor pélvica crônica na mulher

Durante o evento "Jornada de Dor na Mulher" da Associação Paulista de Medicina, a ginecologista Telma Regina Mariotto Zakka elencou as principais causas da dor pélvica na mulher. A seguir, entenda-as de acordo com o local em que estão:

Sistema urinário

Cistite intersticial

Essa doença é caracterizada pela irritação ou inflamação da parede da bexiga. Ela pode causar lesões, deixar o revestimento do órgão mais grosso e reduzir a capacidade de reter urina. 

Com isso, a paciente sofre com o aumento da frequência urinária e sente dores que amenizam após cada micção.

Síndrome uretral

A uretrite - outro nome dado à condição - é a inflamação da uretra, canal que transporta a urina para fora do corpo.

Ela não causa lesões, mas gera sintomas semelhantes aos da cistite, como micção frequente e dor. 

Digestivo

Síndrome do intestino irritável

Apesar de as causas da síndrome do intestino irritável ainda não serem esclarecidas, sabe-se que ela é uma desordem que causa dor desconforto no abdômen e alteração do hábito intestinal, como constipação ou diarreia.

Ela pode ser desencadeada por estresse ou hábitos alimentares, sendo que mudanças nesses aspectos costumam amenizar o incômodo.

Sistema reprodutor

Aderência

Aderências pélvicas são tecidos cicatriciais que se formam entre órgãos ou entre eles e a parede do abdômen. Geralmente são resultado de traumas ou inflamações, como cirurgias e endometriose.

Uma parte das aderências pode ser assintomática, já outra causa dor, obstrução intestinal e até mesmo infertilidade.

Endometriose

Essa é uma das causas mais populares de dor pélvica. A endometriose é uma doença crônica em que o endométrio - revestimento do útero que visa abrigar um possível feto - se instala em outras partes do corpo ao invés de descamar mensalmente e ser expelido pela menstruação.

O acometimento se manifesta por cólicas que pioram no período menstrual, dor abdominal, alterações intestinais, incômodos durante o sexo e, em casos mais avançados, dificuldade em engravidar.

Doença inflamatória pélvica

É a infecção dos órgãos reprodutores femininos como útero, ovários e tubas uterinas.

Costuma ocorrer em portadoras de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e se manifesta por incômodo no baixo ventre, sangramento, dor na relação sexual e infertilidade.

Síndrome da congestão pélvica

Essa condição leva a varizes na região da pelve e do abdômen que geram dor, especialmente ao ficar de pé ou ter relações sexuais.

Vulvodínia

Vulvodínia é uma síndrome de dor crônica que atinge a vulva, ou seja, a parte externa da região genital. Causa queimação, coceira e dor que pode piorar na relação sexual. 

Muscular e nervoso

Síndrome dolorosa miofascial

Trata-se de uma dor que surge pela presença de pontos gatilhos, ou seja, nódulos ou contrações exageradas de um músculo que quando estimulados causam dor em uma área distante. 

Por vezes, o incômodo pode atingir áreas da pelve como os músculos do assoalho pélvico e piorar na penetração.

Neuropatia

Gestação, obesidade ou cirurgias podem lesionar os nervos pélvicos e causar neuropatia, que é um conjunto de alterações que inclui dor e fraqueza. 

A ginecologista Telma Zakka ressalta que 60% dos nervos pudendo são lesados nos partos normais, porém somente 5% desenvolvem a dor pélvica.

Violência contra a mulher é uma das causas

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a violência contra a mulher pode gerar dores crônicas, e muitas delas são pélvicas. 

Alguns estudos já comprovaram a tese, que também é apoiada por Telma Zakka. "A violência verbal, física ou psicológica pode gerar dores pélvicas e fibromialgia", explica. Contudo, não é uma regra, já que nem toda vítima de trauma tem dor e nem todo paciente com dor foi violentado.

Nestes casos, é indicado relatar os acontecimentos ao profissional de saúde e fazer tratamento psicológico juntamente com o indicado para aliviar os incômodos físicos.

Outras causas de dor pélvica

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse