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Hand spinner alivia estresse e ansiedade? Para que serve, onde comprar e como fazer

Publicado 13 Jun 2017 – 02:34 PM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 05:16 PM EDT
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Depois dos ioiôs, tazos e beyblades, chegou a hora do fidget hand spinner. Apesar de também girar, esse brinquedo se difere dos outros por ter o objetivo de aliviar estresse, ansiedade e até mesmo ajudar quem sofre de hiperatividade.

Composta por um conjunto de pequenos círculos unidos que giram sobre um dedo, a novidade viralizou nos Estados Unidos e agora faz sucesso no resto do mundo. Mas será que o spinner realmente alivia a tensão do dia a dia? Entenda:

O que é?

Também conhecido como fidget spinner, é um brinquedo composto por três pontas arredondadas, que quando impulsionadas, rodam na ponta dos dedos de quem o segura. 

História: spinner original e perda de patente

A origem desse brinquedinho tem uma história um tanto quanto irônica: na década de 1980, a norte-americana Catherine Hettinger teve a ideia de criar um objeto diferente que pudesse trazer conforto a crianças. Após pensar em várias opções, a grande invenção surgiu em 1993, quando lançou o primeiro spinner, que era totalmente arredondado e não possuía extremidades.

Destinado a combater ansiedade, estresse e ainda auxiliar crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), o objeto foi patenteado por Catherine quatro anos depois. Ela tentou vendê-lo a fabricantes de brinquedos, mas não obteve sucesso.

Logo, Hettinger passou a produzir o objeto artesanalmente e vendê-lo em feiras até que, em 2005, a licença venceu e ela deixou de pagar a taxa que manteria o registro, perdendo a patente.

Seja por um golpe do destino ou puro azar, 12 anos depois o brinquedo virou febre - ainda que em uma versão com forma um tanto diferente - e passou a ser fabricado por empresas que rejeitaram comercializá-lo anteriormente, sem que Catherine receba nada por isso.

Para que serve?

"Eu sou extremamente ansioso e não consigo ficar sem fazer nada. Então, fico vendo e revendo coisas no celular", contou o gerente de projetos Márcio Lima, 30, que é um dos adeptos ao hand spinner. "Desde que comecei a usar, diminuí meu tempo no smartphone em 60% e, enquanto brinco, faço outras coisas, trabalho, vejo TV, etc", ressalta.

Assim como Márcio, parte dos usuários realmente confirmam os benefícios do brinquedo. No entanto, não há trabalhos científicos que comprovem sua eficácia contra ansiedade, estresse ou TDAH.

De acordo com a psicóloga Cristiane Moraes Pertusi, que é doutora em Psicologia do Desenvolvimento Humano pela USP (Universidade de São Paulo), é difícil encontrar quem passe ileso de um certo nível de tensão, o que torna o spinner atrativo. "Muitos perfis podem se beneficiar, já que exercícios que estimulam a concentração podem servir de impulso para alcançar um nível de relaxamento mais intenso e reduzir o estresse", ressalta.

É mesmo terapêutico?

A psicóloga Edyclaudia Gomes de Sousa também concorda que a invenção ajude algumas pessoas a aliviar tensões e treinar o foco em algo que desperte a satisfação. "O prazer e a alegria desse brinquedo fazem com que o neurotransmissor dopamina entre em ação, fornecendo a sensação de bem-estar", explica.

No entanto, ambas especialistas destacam que o hand spinner não pode ser considerado um tratamento para ansiedade, TDAH ou qualquer outro problema. Isso ocorre pois os distúrbios podem se apresentar com diferentes causas, sintomas e intensidades e, por vezes, são acompanhados de outros acometimentos, o que torna necessária uma equipe formada por especialistas como médicos e psicólogos para que os cuidados obtenham resultados.

Faz mal?

Assim como qualquer outra coisa na vida, o excesso faz mal. Tentar aliviar todas as tensões no hand spinner sem procurar a ajuda de profissionais da saúde pode levar à piora do quadro.

Se concentrar demais na brincadeira também pode tirar a atenção de momentos de vital importância, como estudos, trabalho e até mesmo uma conversa familiar. 

Hand Spinner na escola: como lidar?

Alguns colégios norte-americanos já proibiram o uso do objeto em sala de aula e até mesmo no recreio. A alegação é de que a brincadeira é tão viciante que estaria atrapalhando o desempenho e concentração dos alunos.

Segundo a psicóloga Cristiane Moraes Pertusi, mais do que retirar o objeto, o ideal é que a escola e os pais imponham regras para que o aluno entenda qual é a hora certa de usá-lo.

Onde comprar?

Com a popularização do hand spinner, é crescente o número de lojas de brinquedo, de departamento e sites de compra e venda que já disponibilizam o objeto. Há versões para todos os gostos, desde os modelos com lâmpadas de LED até os clássicos de uma cor só.

Preço

O valor dependerá do modelo adquirido, mas gira em torno de R$ 15 a R$ 40 a unidade.

Como fazer?

Ainda há quem prefira fazer o  hand spinner caseiro, que é criado com rolamentos de skate, cano PVC, um pedaço de madeira, lixa, cola, bicarbonato de sódio e solvente. Confira o tutorial do canal do YouTube Manual do Mundo:

Ansiedade e estresse: como controlar?

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