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Diabetes causa anormalidades no cérebro, diz novo estudo. Entenda as consequências

Publicado 21 Jun 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
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Diabetes e obesidade são doenças que alteram drasticamente diversas funções do organismo, prejudicando tanto o corpo quanto a mente. O que até agora não era conhecido é a forma como ele interfere na forma do cérebro.

Um estudo publicado no Diabetologia, jornal da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, e realizado em conjunto com pesquisadores de diversas instituições - como as universidades de Utah e Ewha Womans e o Hospital Brigham and Women’s -, revelou que  diabetes muda a estrutura cerebral, sobretudo se o paciente for obeso. 

Diabetes ataca o cérebro

Os pesquisadores reuniram 150 indivíduos de 30 a 60 anos, sendo que 50 deles eram portadores da diabetes mellitus tipo 2 e ainda apresentavam sobrepeso ou obesidade. Outros 50 também tinham a doença, mas possuíam peso saudável. Já o último terço foi composto por pessoas em boa forma e não diabéticos.

Todos passaram por exames de ressonância magnética e testes psicológicos que avaliaram a memória, tempo de reação e planejamento.

Consequências 

No resultado, diabéticos registraram desempenho inferior aos pacientes saudáveis em testes de memória e reação. Além disso, esses indivíduos têm certo grau de deterioração no córtex e anomalias na massa branca, responsável por enviar estímulos ao longo da medula espinhal. Ainda não se sabe ao certo o porquê da degeneração, mas ela está ligadas ao baixo desempenho nos testes cognitivos.

Já os diabéticos que também eram obesos tiveram resultado semelhante, mas com maior grau de prejuízo cerebral do que quem estava dentro do peso adequado.

É reversível?

Ainda é necessário realizar novas pesquisas para determinar as causas por trás da alteração e observar os pacientes que se submeteram aos estudos, mas ao que tudo indica as mudanças são permanentes.

“Vendo pelo lado bom, os indivíduos que controlam sua diabetes parecem ter uma taxa de deterioração mais lenta", ressalta Donald C. Simonson, coautor do trabalho e médico do departamento interno do hospital norte-americano Brigham and Women's.

Estudos sobre diabetes

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