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Mulher acima dos 35 que fuma não deve tomar pílula, diz médico; qual a alternativa?

Publicado 15 Jun 2017 – 02:00 PM EDT | Atualizado 16 Mar 2018 – 08:32 AM EDT
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A pílula é o método anticoncepcional mais utilizado no Brasil. Conhecida por ser eficaz e vendida sem a prescrição médica, não é incomum as mulheres começarem a usá-la sem a orientação de um ginecologista e é aí que está o perigo, já que nem todo mundo pode tomá-la.

Pílulas são todas iguais?

A maioria as pílulas é composta por dois hormônios: progestagênio, que impede a ovulação; e o estrogênio, que tem a função controlar o ciclo menstrual e potencializar o efeito anticoncepcional do progestagênio.

Contudo, suas formulações mudam de acordo com a marca e nem sempre a pílula que a sua amiga toma é a mais indicada para você. Aliás, pode ser que você nem possa fazer uso de nenhuma marca de pílula e o correto seja optar por outro método contraceptivo.

Como deve ser a escolha do método?

O ginecologista e presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, César Fernandes, explica que as pílulas nunca são indicadas pelos médicos de forma aleatória.

Pelo contrário, existe um Manual de Critérios de Elegibilidade da Organização Mundial da Saúde que pode e deve ser consultado pelos profissionais antes de prescreverem um anticoncepcional.

Quem não pode tomar pílula?

“Mulher acima de 35 anos que é fumante é critério de elegibilidade 4, ou seja, não pode usar sob hipótese nenhuma, porque tabagismo e idade aumentam os riscos de tromboembolismo”, afirma o médico.

Segundo Fernandes, uma mulher de 40 anos de idade tem seis vezes mais risco de ter trombose espontânea do que uma mulher de 20. Ou seja, com o passar dos anos, o risco de trombose vai aumentando mesmo quando a mulher não toma pílula anticoncepcional.

Além da idade e do tabagismo, sedentarismo, obesidades, varizes nos membros inferiores e outros hábitos prejudiciais à saúde também são fatores de risco para a trombose e, em determinados casos, são impeditivos do uso de pílula.

“Além dos fatores de risco genéticos, existem os fatores de risco modificáveis e são a partir destes fatores que deve ser avaliada a conveniência ou não de usar a pílula”, explica Fernandes.

Quais as alternativas?

Para as pessoas que não podem optar pela pílula, como as fumantes que têm mais de 35 anos, Fernandes indica os métodos de longa duração porque eles não têm estrogênio, que é o componente que aumenta o risco de trombose.

Entre eles, estão o DIU hormonal, o DIU de cobre, o implante subdérmico. 

Riscos da pílula 

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