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Implanon é considerado o anticoncepcional mais eficaz do mundo: compare com outros

Publicado 20 Jun 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 16 Mar 2018 – 08:36 AM EDT
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Cada vez mais mulheres procuram métodos contraceptivos que sejam seguros, altamente eficazes e com mínimos ou nenhum efeito colateral. Apesar de a grande maioria ainda recorrer às pílulas anticoncepcionais, tem crescido o número de adeptas aos métodos de longa duração, que chegam a ser tão ou mais eficazes que a própria laqueadura.

O mais famoso entre eles é o Dispositivo Intrauterino (DIU), mas outros já estão disponíveis, como é o caso do Implanon – implante contraceptivo subdérmico implantado no braço -, considerado o anticoncepcional mais seguro do mundo.

Implanon é eficaz?

De acordo com a ginecologista e professora da Unicamp Ilza Maria Urbano Monteiro, o Implanon está entre os métodos mais seguros do planeta, sendo tão ou mais eficaz que o DIU hormonal, o DIU de cobre e até a laqueadura.

O implante subdérmico supera, ainda, a pílula combinada, a pílula de um hormônio só, o anel vaginal, o adesivo transdérmico, as injeções mensal e trimestral e métodos de barreira, como preservativos, diafragma e espermicida.         

Segundo a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration, o número de gravidezes esperadas em usuárias de DIU e Implanon é igual ao da laqueadura - menos de 1 para cada 100 mulheres. Entre as usuárias de pílula, este número cresce para 9 a cada 100 mulheres.

Como ele age?

O implante libera o hormônio etonogestrel, que é um derivado da progesterona. A quantidade liberada no organismo é bem pequena, mas suficiente para impedir a liberação do óvulo pelo ovário e alterar o muco do colo do útero, o que dificulta a entrada de espermatozoides no útero.

Vantagens em relação a outros métodos

O Implanon é um método só de progestogênio, então pode ser usado por mulheres que não podem ou não desejam usar estrogênios (por exemplo as trombofílicas). Outra vantagem é que ele pode ser implantado a partir de 21 dias após o parto ou um aborto e também pode ser usado em mulheres que estão amamentando. Sua validade é de 3 anos, mas, caso a mulher queira engravidar antes, basta retirar o implante.

Implanon ou Mirena (DIU hormonal)?

Mulher para de menstruar?

Das mulheres que usam o Implanon, 20% deixam de menstruar, outras 20% menstruam normalmente no início, mas após seis meses passam a menstruar de forma mais espaçada, e 60% passam a ter menos fluxo.

“Mais ou menos 70% das mulheres que usam o implante ficam bem, com algum padrão menstrual satisfatório, mas a menorreia [ausência de menstruação] acontece em uma frequência muito pequena. Não dá para colocar pensando que vai parar de menstruar”, comenta Ilza.

O mesmo pode acontecer em todos os métodos de um hormônio só, como o DIU hormonal. De acordo com o site da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a diferença é que. após seis meses de uso, 44% das usuárias do DIU Mirena param de menstruar.

Possíveis efeitos colaterais

Além da irregularidade na menstruação, podendo ser caracterizada por sangramentos irregulares, sangramentos abundantes ou até mesmo ausência de menstruação, o Implanon também pode provocar acne, dor de cabeça e nas mamas, alterações de humor, náuseas, dor e/ou outras complicações no lugar da aplicação.

Estes efeitos colaterais também são comuns em usuárias de DIU hormonal, que é um dos métodos mais semelhantes ao Implanon.

"Outros possíveis efeitos causados pelo hormônio, porém menos frequentes, são aumento do apetite e ganho lento de peso; depressão, fadiga, cansaço; diminuição da libido; pele oleosa; aumento do tamanho das mamas (tecido alveolar); aumento dos níveis de LDL-colesterol; diminuição dos níveis de HDL-colesterol; efeito diabetogênico (aumento da resistência insulínica) e prurido (coceira)", explica o ginecologista e obstetra da Elo Clínica de Saúde Fábio Cabar. 

Contraindicações

O Implanon só é contraindicado para pessoas que não podem tomar progestagênio, que são as mulheres com doença inflamatória pélvica atual ou recorrente, infecção do trato genital inferior e anormalidade no útero, incluindo miomas que causam deformação da cavidade uterina.

Segundo Cabar, o Implanon também deve ser evitado por mulheres com câncer de mama (passado ou atual); doença cardíaca isquêmica (passada ou atual); acidente vascular cerebral; neoplasia hepática; diabetes (grave com vasculopatia); hepatite (ativa sintomática) e cirrose hepática.

Mesmo que você não apresente nenhuma doença que contraindique a colocação do Implanon, é indispensável que converse com o seu médico sobre os melhores métodos para as suas necessidades. Apesar de ser muito seguro e eficaz, isto não significa que ele é o melhor método para todas as mulheres. 

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