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SUS agora oferece meditação, Reiki e + 5 terapias alternativas: como elas ajudam?

Publicado 24 Jan 2017 – 03:50 PM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Nem só de pílulas vive a medicina. A cada dia surgem novas evidências da importância das chamadas terapias alternativas, que usam outros métodos - como massagens e fitoterápicos - principalmente na prevenção de doenças. O Sistema Único de Saúde (SUS) já incorporou há anos algumas dessas técnicas e, agora, outras 7 modalidades estão disponíveis.

Terapias alternativas pelo SUS

Em 2006, a portaria 971 do Ministério da Saúde reconheceu a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e passou a incluir terapias como acupuntura, fitoterapia e homeopatia no rol de serviços prestados pelo SUS. Agora, uma nova portaria incluiu mais algumas opções: sessão de arteterapia, sessão de meditação, sessão de musicoterapia, tratamento naturopático, sessão de tratamento osteopático, sessão de tratamento quiroprático e sessão de Reiki. Entenda, a seguir, para que casos elas são indicadas.

Arteterapia

A arteterapia leva em consideração que recursos artísticos podem facilitar a expressão e a comunicação de sentimentos, pensamentos, experiências e emoções.

“Quando nos expressamos artisticamente, nos abrimos para um diálogo interior em que o inconsciente mostra o que está nos 'bastidores' da psique, nos colocando em contato com sentimentos que estão na base de nossos comportamentos e atitudes, promovendo questionamentos e transformação”, explicou ao Vix a arteterapeuta Patrícia Pinna Bernardo, coordenadora da pós-graduação em Arteterapia e da pós-graduação em Arteterapia Aplicada: saúde, artes, educação e organizações (UNIP).

Depois de alguns encontros entre terapeuta e paciente, são escolhidos métodos de abordagem – como música, teatro ou pintura, por exemplo. Tudo dependerá da pessoa e do contexto em que ela está inserida (em um hospital ou em uma unidade básica de saúde, por exemplo).

Meditação

A meditação é uma prática milenar de focalização dos pensamentos que tem como objetivo principal tranquilizar a mente. As consequências dessa “paz de espírito” são muitas: redução do estresse e da ansiedade, regulação da pressão arterial, menos insônia, mais disposição e um sistema imunológico fortalecido são só alguns deles.

Para praticar, basta escolher um lugar calmo e confortável da sua casa, onde você possa sentar-se confortavelmente com o antebraço apoiado no colo e “desligar” a mente. Mantras podem ajudar na concentração. O ideal é iniciar a prática com a ajuda de um guia, mas, se essa não for uma opção, existem vídeos que ensinam a meditar. Comece com um período curto de tempo, 5 minutos, por exemplo, e aumente gradativamente.

Musicoterapia

Com essa terapia, som, harmonia, ritmo, melodia e demais elementos que compõem a música entram em cena parar tratar alterações físicas e psicológicas, além de estimular a comunicação e o aprendizado. Por exemplo: a musicoterapia pode ajudar crianças com autismo a se relacionar com o mundo ao redor e a amenizar os movimentos trêmulos de idosos com Parkinson.

Naturopatia

A naturopatia utiliza elementos naturais para cuidar da unidade mente, corpo e espírito e, dessa forma, combater doenças e manter a saúde. Acredita-se, também, que o corpo é capaz de reestabelecer seu próprio equilíbrio e se curar sozinho e, com esse objetivo, são utilizadas técnicas como a auriculoterapia – pressão sobre pontos específicos na orelha -, a homeopatia, a fitoterapia e a cristaloterapia, entre outras.

Osteopatia

A osteopatia é uma técnica realizada por fisioterapeutas e apesar de escapar à medicina alopática mais tradicional, há quem não goste de chamá-la de terapia alternativa, uma vez que ela está pautada em conhecimentos científicos sólidos.

A osteopatia é feita a partir da manipulação de articulações, músculos e outras estruturas do músculo esquelético com o objetivo de tratar uma disfunção, como uma limitação de movimento do braço, por exemplo.

Quiropraxia

A quiropraxia usa técnicas manuais, incluindo a manipulação e o ajuste articular, para tratar e prevenir desordens dos músculos, nervos e ossos. A aplicação deve ser feita por um quiroprata, que sabe exatamente quais movimentos deve ou não fazer.

Reiki 

O Reiki usa a imposição das mãos para que seja transmitido o “ki”, a energia vital, de uma pessoa para outra. Dessa forma, o terapeuta energiza os locais do corpo mais necessitados de seu paciente, ajudando a regular ansiedade, cansaço, fadiga, dores crônicas, entre outras desordens.

Quem pode fazer 

Essas sete terapias já são oferecidas por alguns municípios, mas, a partir de agora, passam a ser financiadas pelo Ministério da Saúde (através do Piso de Atenção Básica), que passa a acompanhar as ações mais de perto.

A maior parte desses serviços está disponível na atenção básica, ou seja, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), mas eles também podem ser encontrados em centros especializados da saúde pública e hospitais, a depender do município.

Para fazer essas terapias, é preciso ser avaliado por algum profissional - não necessariamente o médico, pode ser também o fisioterapeuta, o enfermeiro ou mesmo o educador físico, como disse o diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Allan Nuno. É esse profissional que determinará se há ou não a indicação da terapia alternativa em questão e fará o encaminhamento.

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