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Espinafre é superalimento anticâncer, mas segredo está na forma de consumir

Publicado 29 Dez 2016 – 07:00 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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O espinafre ficou famoso por dar força imediata a um certo marinheiro e, daí em diante, se tornou praticamente sinônimo de alimento saudável. A ciência descobriu que as folhas podem mesmo ajudar no ganho de potência muscular, mas os benefícios não param por aí: elas têm também uma forte ação preventiva contra câncer, envelhecimento cerebral e outras doenças.

Para conseguir todos esses benefícios, no entanto, é preciso preparar da maneira certa, que ensinamos a seguir.

Benefícios do espinafre 

Previne câncer 

Diversos estudos já indicaram que o espinafre pode ter efeito protetor contra o câncer. Um deles, publicado no periódico científico Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, mostrou que o consumo desse alimento pelo menos duas vezes por semana é capaz de reduzir as chances de câncer de mama em até 44%. Há indícios também de redução de câncer de esôfago, ovário, boca, estômago, entre outros.

De acordo com a nutricionista funcional Rachel Faria, a ação está relacionada à presença de boas quantidades de carotenoides na verdura.

“Esse forte antioxidante [o carotenoide] é responsável pela remoção de danos causados pelos radicais livres às moléculas de DNA e também age na reconstituição das membranas celulares que foram danificadas”, explica a especialista.

Além disso, a nutricionista explica que a clorofilina, substância responsável pela coloração do espinafre, está também associada à proteção oxidativa, inibição da progressão do câncer, melhora da circulação sanguínea e neutralização de toxinas. “Também melhora a atividade de linfócitos, com efeitos anti-inflamatórios, prevenindo doenças crônicas”.

Retarda envelhecimento cerebral 

Alguns estudos mostram que os antioxidantes presentes em folhas verde-escuras, como o espinafre, são capazes de reequilibrar os danos causados pela ação dos radicais livres e do estresse oxidativo, que estão relacionados ao envelhecimento e, caso não sejam contornados, podem afetar as funções cognitivas e motoras.

Entre os antioxidantes do espinafre, está a Coenzima Q-10, também conhecida como Ubiquinona, que tem um potencial antioxidante similar ao da vitamina E e está relacionada a outros inúmeros benefícios, como melhora das contrações cardíacas e da utilização de oxigênio durante esforço e diminuição da pressão sanguínea.

Outros benefícios 

O espinafre é rico ainda em cálcio, ferro, magnésio, potássio, nitrato e vitamina C. “O magnésio e o nitrato atuam como vasodilatadores, podendo ser utilizado antes de treinos com o objetivo de melhorar a performance durante atividades físicas”, explica a nutricionista.

Jeito certo de consumir 

O espinafre contém ácido oxálico, uma substância que interfere na digestibilidade, absorção e utilização de seus nutrientes. “Quando não é metabolizado, o ácido oxálico pode causar o acúmulo de oxalato de cálcio nos rins”, explica a nutricionista.

A nutricionista recomenda cozinhar ou ferver o espinafre para reduzir a presença ácido oxálico, conhecido fator antinutricional. “Cozido é a melhor forma, pois reduz em até 50% a ação antinutricional. O refogado, por outro lado, acentuaria a ação desses compostos”.

Por fim, Rachel ressalta que o consumo deve ser diário, não apenas do espinafre, mas de outros vegetais que, em conjunto, fornecerão uma diversidade de nutrientes essenciais.  

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