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Síndrome das pernas inquietas: conheça o distúrbio que atrapalha o sono

Publicado 3 Nov 2016 – 08:00 AM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Se você costuma movimentar muito as pernas antes de dormir, pode ter a Síndrome das Pernas Inquietas. Trata-se de uma necessidade irresistível de mexer as pernas associada ao repouso, por isso, é mais comum ocorrer pouco antes do adormecimento, nos primeiros minutos de sono ou até mesmo durante um longo período de tempo sentado, como em uma viagem de avião. A movimentação excessiva antes de dormir pode até desencadear problemas de  insônia.

Síndrome das pernas inquietas

Causas

Estima-se que 5% da população mundial sofra com esta síndrome, portanto, não é rara. Ela surge em pessoas com predisposição genética e é mais frequente em mulheres com mais de 30 anos e em pessoas com anemia ou deficiência de ferro.

Agravantes

Alguns medicamentos, como antidepressivos e anti-histamínicos, cafeína e álcool podem piorar a angústia. Por isso, é comum as pessoas que sofrem com esta síndrome movimentarem mais as pernas em dias que consomem mais cafeína ou álcool.

Sintomas

Essa vontade incontrolável costuma surgir devido à sensação de cansaço nas pernas, queimação e formigamento, como se algo estivesse pinicando as pernas. “A pessoa sente uma aflição, uma angustia, e o movimento das pernas alivia esta sensação desagradável que não tem nada a ver com câimbra”, explica a neurologista da ABS - Associação Brasileira do Sono - Rosana Cardoso Alves.

De acordo com a médica, o movimento é semelhante ao de pequenos chutes, e a angustia pode demorar de minutos a horas. Apesar de ser muito mais comum nas pernas, também pode atingir os braços.

Qual médico procurar?

Esta síndrome é crônica e a tendência é que ela piore com o passar dos anos. A recomendação é procurar um clínico geral caso a pessoa perceba que a movimentação nas pernas esteja dificultando que ela pegue no sono, fazendo-a acordar cansada ou até despertar durante a noite. É comum os parceiros se incomodarem com a movimentação na cama, e este também é um indicativo que pode denunciar o problema.

Na maior parte dos casos, esta síndrome não está associada a nenhuma outra doença, apenas a fatores genéticos. Mesmo assim, é preciso investigar se a pessoa tem alguma doença de base e fazer exames para descartar a possibilidade de os sintomas estarem ligados a outros problemas de saúde, como diabetes, hipotireoidismo e artrite.

Diagnóstico

Os pacientes que apresentam os sintomas da síndrome devem fazer exames de sangue para avaliar os níveis de ferro no sangue e detectar uma possível anemia, já que a síndrome é mais comum em pessoas com este perfil.

Tratamento

A melhor forma de tratar é praticando atividade física, fazendo massagens e alongamentos nas pernas, diminuindo o consumo de cafeína e álcool e fazendo reposição de ferro, quando necessário. Apenas em casos mais severos a medicação é indicada.

Além disso, a neurologista comenta que também é importante manter uma rotina de sono adequada, procurando dormir sempre no mesmo horário.

Segundo Rosana, a síndrome não tem cura, mas sua evolução é lenta e é possível revertê-la com mudanças nos hábitos. Ou seja, é possível diminuir a frequência de manifestação dos sintomas, e a tendência é que o quadro piore quando negligenciado.

Dormir bem 

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