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Perda de memória em jovens está ligada a maus hábitos; veja como tratar

Publicado 2 Nov 2016 – 08:00 AM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Você considera a sua memória boa? A falta de memória em jovens tem sido um problema cada vez mais frequente entre pessoas com faixa etária entre 30 e 35 anos. De acordo com a neurologista Danielle de Lara, a maioria dos casos de lapsos de memória está associada a estresse, cansaço e sobrecarga do dia a dia.

“A pessoa que trabalha, cuida das atividades domésticas, dos filhos e enfrenta os problemas do cotidiano muitas vezes sente um cansaço mental que acarreta em lapsos de memória. Mas isso não quer dizer que ela tenha uma doença cerebral”, tranquiliza Danielle.  

Perda de memória em jovens

Apesar de não se tratar de uma doença e sim de uma disfunção, Danielle ressalta que é importante procurar um neurologista para descartar problemas mais sérios e fazer um acompanhamento. “É muito raro pessoas com menos de 60 anos apresentarem doenças cerebrais. Entre os jovens, o mais comuns é perda de memória por causa do estilo de vida."

Causas

Sedentarismo, falta de sono adequado, ansiedade, cansaço, sobrecarga de atividades, uso de entorpecentes, entre outros fatores relacionados ao cansaço, são as principais causas de perda de memória entre os mais jovens.

“Vêm crescendo os casos nos últimos 5, 10 anos. A\s sobrecargas mental e física afetam as funções cerebrais e, por consequência, a memória”, explica Danielle.

Além disso, alterações hormonais, uso de medicamentos, lesões ocasionadas por acidentes com trauma, carência de vitaminas e problemas da tireoide também podem afetar a memória.

Diagnóstico

Os jovens devem procurar ajuda médica quando perceberem que a perda de memória recente está atrapalhando a rotina familiar ou o rendimento no trabalho. Caso perceba que a memória já foi melhor (por exemplo, agora não consegue mais se lembrar de fatos que acontecem no dia e que antes eram facilmente recordados), é hora de o indivíduo procurar um neurologista.

O especialista vai começar fazendo perguntas sobre o estilo de vida do paciente para avaliar se o sono é adequado, como é rotina, se o trabalho é estressante, se pratica atividades físicas ou não, dentre outras, e pedir exames de sangue.

Pode ser que ele peça também exames de imagem, como tomografia ou ressonância magnética. Se a causa da falta de memória for estresse, estes exames não devem apresentar anormalidades.

Quanto antes o problema for diagnosticado, melhor, já que é comumente reversível.

Tratamento

De acordo com Danielle, se identificado que são os maus hábitos os responsáveis pela falta de memória, o remédio é adotar rotinas mais saudáveis. “Nenhum médico em um momento de crise vai pedir para a pessoa pedir demissão, mas sim que ele faça o que está ao seu alcance para cuidar da saúde. Pequenas mudanças podem ajudar e muito a recuperação da memória”, explica a neurologista.

Entre as mudanças mais importantes está: praticar atividades físicas, manter uma alimentação saudável e ter boas noites de sono. Além disso, a neurologista também sugere a prática de atividade que estimulam o cérebro.

“Já é comprovado que a atividade física contribui muito para a memória. Atividades que ajudam a exercitar a memória e estimulam o funcionamento cerebral, como palavras cruzadas, aprender um novo idioma, aprender a tocar um instrumento ou fazer um curso em uma área que não domina, também são importantes”, comenta a especialista.

Fazer o acompanhamento com neurologista e/ou psicólogo especializado em memória também é ideal para que eles possam avaliar, através de testes, se a memória está melhorando.

Segundo Danielle, existem diferentes tipos de testes que são feitos em consultórios que são capazes de identificar funções do cérebro, por exemplo, como está a memória recente, como está a memória mais antiga, a capacidade de cálculo da pessoa, de raciocínio, associação entre fatos, etc.

“Entre os jovens, a queixa mais recorrente é de dificuldade de memorizar fatos recentes. Por exemplo: ele vai à aula na faculdade e logo depois não lembra mais sobre o que o professor falou, ou o chefe dá uma orientação e ele esquece. São coisas cotidianas”, explica Danielle.

Como prevenir?

De acordo a neurologista, a melhor forma de prevenir a perda de memória é aliando alimentação saudável, exercícios físicos e rotina de sono regrada. Além disso, exercitar o cérebro também ajuda na prevenção.

Daniella ainda indica reduzir o consumo de gorduras saturadas e carboidratos porque são alimentos ruins para a memória. “A dieta mediterrânea, que é composta por leguminosas, peixes, azeite de oliva, é comprovadamente benéfica para a memória e na prevenção de doenças neurológicas”, ressalta

Perda de memória 

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