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Garota morre nos EUA vítima de “ameba fatal”; doença mata em poucos dias

Publicado 16 Set 2016 – 02:09 PM EDT | Atualizado 27 Mar 2019 – 08:34 AM EDT
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Você já ouviu falar em Naegleria fowleri? Trata-se de uma ameba que vive no solo e na água doce e tem preferência por águas mornas e quentes, como de piscinas aquecidas, hidromassagens e até lagos e rios.

Ameba que mata em poucos dias

A contaminação só acontece pelas vias aéreas (nariz) quando uma pessoa mergulha em um local contaminado. Uma vez no organismo, a ameba provoca Meningoencefalite Amebiana Primária (MAP). A doença causa edemas cerebrais, destruição dos tecidos do cérebro e leva à morte em mais de 95% dos casos de 10 a 12 dias após a contaminação.

A doença é tão devastadora que a Naegleria fowleri foi apelidada de ameba fatal. Conhecida por “comer” o cérebro, a MAP evolui tão rapidamente que a maioria dos diagnósticos são feitos após a morte da pessoa.

“Sua infecção em humanos é relativamente rara, mas pode aumentar com a disseminação do uso de águas aquecidas (e às vezes não bem tratadas) para recreação”, comenta o docente do Instituto de Física de Carlos Otavio Thiemann, que participou de pesquisas sobre a Naegleria Gruberi, ameba “parente” que não transmite a doença fatal.

Sintomas

Segundo Thiemann, além de a doença ser muito devastadora, é difícil de tratá-la porque o cérebro possui barreiras naturais contra o sistema imune do organismo e também a medicamentos. A forma mais rápida de detectar a doença é através da tomografia, porque ela mostra os edemas cerebrais. Os sintomas mais comuns são dor de cabeça, febre, rigidez na nuca, náuseas e vômitos. 

A mais recente vítima da doença foi a norte-americana Kerry Stoutenburgh, de 19 anos. De acordo com o site de notícias do jornal Daily Mail, o pai da jovem acredita que ela contraiu a ameba ao entrar no lago Cecil County, na região de Octoraro Creek e North East Creek, nos Estados Unidos.

Kerry foi hospitalizada uma semana depois com sintomas como vômitos e enxaqueca. Ela foi tratada e levada para casa, mas seu estado de saúde piorou e ela precisou retornar ao hospital.

A princípio, os médicos acharam que ela estava com meningite, mas os exames descartaram essa possibilidade. A menina faleceu dia 31 de agosto, 11 dias após entrar no lago.

Casos

Não existem dados sobre o número de casos de MAP no Brasil, mas acredita-se que seja mais raro do que nos EUA. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, dos 138 casos registrados no país entre 1962 e 2015, apenas 3 pessoas sobreviveram.

Uma das sobreviventes é uma jovem que foi infectada pela ameba em 2013 em um parque aquático em Arkansas, nos Estados Unidos. A menina ficou internada em estado crítico por várias semanas, mas conseguiu vencer a doença.

Em entrevista à ABC, Kali Hardig disse que após receber alta ficou com medo até mesmo de tomar banho. “Eu ficava com medo de tomar banho porque eu sei que eu contraí isso pela água, e eu achava que poderia ser a partir de qualquer tipo de água, então eu não conseguia ficar no chuveiro”, declarou. 

De acordo com o The Sun, em junho deste ano, Lauren Seitz, de 18 anos, faleceu em decorrência da doença após contrair a ameba no parque aquático US National Whitewater Center, na Carolina do Norte. 

Doenças raras

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