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Doença de apresentadora britânica durante Olimpíada não era malária, conclui exame

Publicado 9 Set 2016 – 05:04 PM EDT | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
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A apresentadora britânica Charlie Webster veio ao Brasil para os Jogos Olímpicos 2016 e, para chegar ao Rio de Janeiro, fez uma trilha de bicicleta passando pelos estados de Pernambuco, Bahia, Sergipe e Espiríto Santo. Pouco depois de chegar à capital fluminense, ela começou a se sentir mal e foi internada. Alguns dias depois, sua assessora informou ao tabloide britânico Daily Mail que a apresentadora estava com um tipo raro de malária.

O diagnóstico, no entanto, intrigou muitos especialistas, uma vez que as regiões pelas quais Charlie passou não tinham registro da doença. A Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) decidiu então investigar o caso e descobriu que o que acometeu a britânica foi algo diferente.

Verdadeira doença de inglesa que veio ao Rio 

De acordo com informações do site G1, a SBMT solicitou informações sobre o caso ao Ministério da Saúde, que confirmou que os exames de PCR e a revisão das lâminas de diagnóstico feitas pela Fiocruz descartaram a hipótese de malária.

O diagnóstico final foi de Síndrome Hemolítica Urêmica por bactéria produtora da toxina Shiga, um tipo específico de Escherichia coli. Essa grave consequência de infecção destrói as células vermelhas do sangue, que podem obstruir os rins, levando, possivelmente, à falência renal.

A bactéria em questão pode ser adquirida através do consumo de carne contaminada ou ainda nadando em lagos ou piscinas contaminados com fezes.

Como está Charlie Webster agora? 

Há uma semana, Charlie voltou para o Reino Unido, depois de uma longa estadia em dois hospitais cariocas. Ela passou a última semana em um hospital inglês e agora já está em casa. Seus rins, que foram afetados pela doença, estão pouco a pouco voltando a funcionar.

“Depois de 5 semanas, estou fora do hospital, viva e finalmente me recuperando (até meus rins começaram a melhorar lentamente)!

Muito obrigada ao médicos do Rio, ao excepcional NHS [sistema de saúde britânico] e a toda a equipe do Hospital St. James por literalmente salvarem minha vida.

Eu sou muito grata a todas as mensagens e o apoio, à minha família e meus amigos por estarem do meu lado todo o tempo. Muito amor.”

Doenças brasileiras

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