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Casos de chikungunya cresceram 900% no último ano: por que aumentaram tanto?

Publicado 17 Ago 2016 – 07:53 PM EDT | Atualizado 14 Mar 2018 – 09:30 AM EDT
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*Matéria publicada em 17/08/2016

Em meio a dengue e zika, pouco se fala sobre a febre Chikungunya, infecção também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Mas, apesar de não haver tanto alarde, a incidência dessa doença também está crescendo exponencialmente. Entre os anos de 2015 e 2016, houve um aumento de 900% nos casos. Entenda por que isso aconteceu.

Aumento do número de casos 

De acordo com um levantamento da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e do Ministério da Saúde, houve 169.656 casos de chikungunya no Brasil em 2016. O número é contabilizado até a semana epidemiológico de número 29, o que equivale, aproximadamente, ao primeiro semestre deste ano.

O total de casos é dividido entre 63.000 confirmados e 106.656 suspeitos, mas o que mais chama atenção é o crescimento no número de casos. No mesmo período do ano de 2015, foram 16.997 casos, ou seja, houve um crescimento de aproximadamente 900% no número de acometimentos.

Por que cresceu tanto?

O Ministério da Saúde diz que, do ponto de vista epidemiológico, esse aumento de casos era previsto porque a chikungunya é uma doença recente por aqui - foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2014. Isso faz com que a população não tenha ainda nenhuma imunidade contra a doença, característica adquirida depois do primeiro contato com o vírus, aumentando o potencial de alastramento.

No entanto, a grande circulação de mosquito Aedes aegypti e a baixa adesão às recomendações de combate e ele, como evitar água parada, também contribuem para esse notável crescimento.

Qual é o risco do vírus Chikungunya?

A chikungunya costuma ser uma doença branda que, sem tratamento específico, gera febre e dores no corpo e articulares e acaba regredindo sozinha. No entanto, há situações em que a infecção se apresenta com maior complexidade.

Durante o primeiro semestre de 2016, foram notificados 38 mortes causadas por Chikungunya. Houve óbitos nos estados de Pernambuco (25), Rio Grande do Norte (5), Paraíba (2), Rio de Janeiro (2), Ceará (2), Maranhão (1) e Alagoas (1).

O Ministério da Saúde ainda investiga o motivo da doença se manifestar com mais gravidade em alguns casos. Há a hipótese de que fatores associados, como doenças prévias e uso de medicamentos, possam piorar o curso da infecção.   

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