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Victoria’s Secret troca "angels" por mulheres reais após anos reforçando padrões de beleza

Publicado 21 Jun 2021 – 03:28 PM EDT | Atualizado 21 Jun 2021 – 03:28 PM EDT
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A famosa marca de lingeries Victoria's Secret está de cara nova. Ao invés de ser representada por supermodelos com corpos altos, magros e hiperssexualizados pelas campanhas da grife, agora serão mulheres ativistas e conhecidas por suas atitudes de empoderamento.

O anúncio foi feito na última quinta-feira (17), via Instagram, apresentando a equipe liderada por sete novas embaixadoras.

Novas modelos na Victoria’s Secret

As novas "modelos" contratadas irão aconselhar a Victoria's Secret, promovê-la no Instagram e aparecer em anúncios.

Dentre elas, há quem seja gorda, ativista, negra, lésbica e transgênero, para que haja representatividade e inspiração para todas as mulheres.

Valentina Sampaio, por exemplo, é uma ativista brasileira da comunidade LGBTQIA + e primeira modelo transgênero da marca. Veja abaixo o perfil dela:

Mudança de estratégia

A ideia da marca é mandar embora a ideia que criou-se a respeito de ser uma "angel", que eram modelos magras, com seios fartos, cabelos longos e que, com asas de anjos, reforçavam estereótipos de feminilidade.

Além disso, procura estar atualizada, dando atenção ao fato de que, cada vez melhor informadas, as consumidoras de hoje não compram mais lingerie para "agradar homem" ou parecer angelicais.

Nos últimos anos, as polêmicas envolvendo a marca só foram aumentando. Em 2014, uma campanha entitulada "The Perfect Body" ("O Corpo Perfeito", em tradução livre) precisou ser alterada após um abaixo-assinado com mais de 27 mil assinaturas, de pessoas que se indignaram com as fotos que mostravam modelos magérrimas como um ideal de perfeição. A grife alterou o nome para "A Body for Every Body" (traduzindo: "Um Corpo para Cada Corpo").

Anos depois, a modelo Erin Heatherton contou para a revista Time que abandonou o posto de "Angel", em 2013, pois sentia muita pressão para emagrecer. Alta, magra, loira e de olhos azuis, a modelo diz que foi solicitado que ela emagrecesse antes de um desfile. "Eu cheguei ao ponto de uma noite chegar em casa, depois de um treino, e lembro de ter olhado fixamente para a minha comida e pensado que talvez eu não devesse comer".

Em 2018, o diretor criativo da Victoria’s Secret chegou a declarar que a marca não tinha interesse em representar mulheres diferentes em seus desfiles: "Nós promovemos a quem vendemos, e nós não promovemos para o mundo inteiro", disse na época.

Marcas que apostam na representatividade

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