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Mulheres que trabalham passam 73% mais horas do que os homens cuidando da casa

Publicado 7 Mar 2018 – 04:14 PM EST | Atualizado 14 Mar 2018 – 02:34 PM EDT
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Não é de hoje que as desigualdades entre homens e mulheres provocam debate, mas com elas conquistando o mercado de trabalho e as esferas de poder, esses assuntos se tornam cada dia mais urgentes, verdadeiros desafios para as atuais gerações e seus governantes.

Um dia antes de celebrarmos o Dia da Mulher em 2018, o IBGE divulgou uma pesquisa chamada "Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil" que analisou, de acordo com indicadores das Nações Unidas, as condições de vida das mulheres no Brasil. 

O estudo, que abrange diferentes áreas como estruturas econômicas, educação, saúde, vida pública e direitos humanos, fez comparações que vão desde 2011 até 2016 e revelou que o número de mulheres no mercado de trabalho encolheu nos últimos anos.

Maioria estudada

A pesquisa apontou que as mulheres ainda não ocupam os mais altos cargos do país, mas já são maioria em escolas e faculdades. Em 2016, os homens entre 15 e 17 anos tiveram frequência escolar no ensino médio 10,3 pontos percentuais abaixo das mulheres, o que significa que 36,8% dos homens dessa idade ficaram atrasados na escola, repetindo ou abandonando os estudos. 

As mulheres também são maioria com diploma, especialmente aquelas entre 25 e 44 anos. O número de homens que completou a faculdade gira em torno de 15,6%, enquanto o de mulheres atingiu 21,5%, o que demonstra que somos 37,9% mais presentes do que os homens.

O que faz, então, com que sejamos minoria nas empresas?

Mulheres são minoria no mercado de trabalho

Ainda há predominância feminina nas tarefas domésticas e nos cuidados da família. De acordo com a pesquisa, as mulheres trabalhadoras dedicam 73% mais horas a esses afazeres do que os homens. No total, durante uma semana, 18,1 horas é o que uma mulher gasta cuidando da casa, contra 10,5 horas para os homens.

Essa obrigação que cai nos ombros do sexo feminino diminui sua disposição para o mercado de trabalho, o que é comprovado quando 62,2% dos cargos gerenciais (públicos ou privados) são ocupados por homens, enquanto as mulheres estão em apenas 37,8% dos postos.

Ainda de acordo com o IBGE, a diferença também pode ser vista em cargos públicos. Apesar de existir a Lei 12.034, que deveria garantir uma cota de 30% de candidaturas de cada sexo em eleições, só 10,5% dos deputados federais em exercício são mulheres. Este número, inclusive, é o mais baixo da América do Sul.

Igualdade entre homens e mulheres

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