Ator defende que pai tenha mesmo tempo de licença que as mães de recém-nascidos
O ator e humorista Gregório Duvivier, que faz parte do "Porta dos Fundos", tornou-se papai pela primeira vez há cerca de um mês e meio. Marieta, nome dado à primogênita, é fruto do relacionamento dele com a consultora de moda Giovanna Nader.
Com o nascimento da filha, Gregório decidiu se afastar do trabalho e comentou a escolha em entrevista, defendendo um tema muito importante para a igualdade entre homens e mulheres: o aumento da licença-paternidade.
Aumento da licença-paternidade
Em um papo com a jornalista Leda Nagle para seu canal no YouTube, o ator contou sobre o nascimento de Marieta e revelou estar em uma licença-paternidade que irá durar dois meses.
"Estou trocando fralda, estou integral. Consegui dois meses de licença no Porta, é uma das minhas primeiras saídas. Optamos por não ter babá nesse começo e estamos conseguindo numa boa. É muito bom parar a rotina e é muito bom para o homem, para a experiência do homem e do pai", afirmou o ator.
Para ele, o homem participar mais dos cuidados com o recém-nascido assim como a mulher significa igualar os papéis não só dentro de casa, mas inclusive no mercado de trabalho.
"O primeiro passo para a igualdade é esse. Enquanto o homem não parar para cuidar do recém-nascido vai ter desigualdade em todos os sentidos. A solução para mim não é só aumentar a licença, tem que ser igual, isso acaba com a diferença contratual da mulher", finaliza Gregório.
Tempo de licença-paternidade
De acordo com a Constituição Federal, os pais contratados em regime CLT têm direito a apenas cinco dias de licença, sendo eles contados a partir do primeiro dia útil depois do nascimento da criança. Em 2016, a Presidência da República aprovou uma lei que garantia até 20 dias de afastamento aos pais empregados em empresas participantes do Programa Empresa Cidadã.
Em 2018, porém, uma nova PEC (Proposta de Emenda à Constituição) propõe que a licença-paternidade passe a ser 20 dias para todos os homens. O projeto atualmente está na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), do Senado, onde ainda será votado.
Homens e a paternidade
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