Fraldário que não for acessível aos pais das crianças será multado em São Paulo
Quem é mamãe e papai de crianças pequenas que usam fralda sabe bem que trocá-las fora de casa não é tão simples quanto parece. Além de precisar carregar uma bolsa bem equipada, as famílias costumam enfrentar um problema na hora de se deslocar para um local adequado: os fraldários, com frequência, ficam somente nos banheiros femininos.
Isso significa que os pais que precisam e querem trocar a fralda de seus bebês nem sempre conseguem realizar essa tarefa. Por conta disso, algumas famílias acabam evitando certos estabelecimentos.
Parece que essa situação, injusta para mulheres e que marginaliza o papel do pai, está para mudar, pelo menos nos shoppings e grandes estabelecimentos de São Paulo, que vão precisar, por lei, adequar seus fraldários.
Lei sobre fraldário acessível
No final de 2017, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou uma lei apresentada em 2016, elaborada pelos vereadores Toninho Vespoli (PSOL), Eduardo Suplicy (PT) e Sâmia Bomfim (PSOL) que decreta que todos os shoppings e locais similares, ou seja, "aqueles que apresentem grande fluxo de pessoas e infraestrutura de banheiros de utilização pública", deverão ter fraldários com acesso a homens e mulheres.
Os estabelecimentos têm até seis meses para readequar seus banheiros e fraldários e caso não cumpram o decreto, podem receber multas de R$ 10 mil, valor que pode ser dobrado em casos de reincidência. Além disso, os locais precisam ser equipados com bancada para trocar fraldas, lavatório e pias.
O acontecimento é bastante importante para a cidade, que conta com diversos shoppings e locais parecidos, recebendo milhares de pessoas que têm crianças pequenas. A lei, portanto, vai fazer com que muitos pais possam entrar em ação e deixar os ambientes mais preparados.
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