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Eles contam o que realmente os fez abandonar atitudes machistas: descubra

Publicado 7 Dez 2016 – 05:43 PM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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O Instituto Avon anualmente faz pesquisas que visam enxergar o atual cenário para que possamos extinguir todos os tipos de violência contra a mulher e alcançar a equidade de gêneros. Desta vez, a pesquisa analisou o comportamento masculino e mostrou dados importantes que ajudam a compreender o que faz os homens refletirem efetivamente sobre o machismo.

O estudo "O papel do homem na desconstrução do machismo" foi realizado com 1.800 pessoas com 16 anos ou mais por 70 cidades de todos os Estados do País. Os resultados mostraram, entre outros dados, que alguns homens já começaram a pensar sobre o machismo e o que contribuiu para isso.

Dos entrevistados,

  • 18% deixaram de cantar mulheres na rua;
  • 11% não criticam mais as mulheres por usarem roupas curtas ou decotadas;
  • 8% deixaram de se referir a mulheres por termos pejorativos como "piranha" ou "vagabunda";
  • 2% deixaram de tentar se aproveitar de uma mulher bêbada.

O ponto chave da pesquisa é mostrar quais caminhos a sociedade pode percorrer para acabar com a desigualdade de gênero. Mas, como é essencial que os homens façam parte desse movimento – afinal, eles são os causadores da imensa maioria das violências - os dados tentam expor qual é a maneira mais certeira de atingi-los e causar reais mudanças.

Ele querem acabar com o machismo?

Nestes aspectos, é importante enxergar que uma parcela da população masculina está interessada em mudar este cenário.

  • 60% dos entrevistados acham que poderiam melhorar sua postura em relação às mulheres;
  • Mas, 31% deles dizem que gostariam de não ser machista, mas não sabem como agir para isso.

O que pode ser feito?

No entanto, o que realmente contribui para que o objetivo seja atingido não são campanhas ou acusações, mas o diálogo – ele, no entanto, deve ser entre homens.

  • Daqueles que reconhecem que deixaram algum comportamento machista de lado nos últimos tempos, 54% só conseguiram tal feito porque tiveram uma conversa com alguém próximo – 34% foi porque algum amigo ou parente do sexo masculino falou para não ter mais determinada atitude.
  • 44% dos homens afirmaram que ser chamado de machista não o engajaria na luta pelos direitos das mulheres.

Pesquisas como essa reforçam a ideia de que o caminho para superar o machismo é romper com a lógica que forma, desde a infância, indivíduos preconceituosos e homens sexistas. Para isso, no entanto, é importante que haja campanhas e políticas públicas de conscientização dos adultos para que eles reconheçam que são machistas, que detêm privilégios e, assim, sejam agentes causadores de mudanças efetivas e reais nas relações que estabelecem com outras pessoas – respeitando as mulheres, dialogando com os outros homens do seu convívio e contribuindo para a criação de indivíduos mais respeitosos e empáticos. “Se prevalecem os estereótipos nas suas atitudes, como educar as próximas gerações de maneira diferente disso?”, questiona Daniela Grelin, membro do Instituto Avon.

Machismo

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