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Movimento "Mamilo Livre" quer questionar regras impostas ao corpo das mulheres

Publicado 23 Nov 2016 – 04:52 PM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Começou a circular pela internet, especialmente no Facebook, a campanha “Mamilo Livre”, criada pela revista de jornalismo independente AzMina e compartilhada, inclusive, pela youtuber Jout Jout.

A ideia, como o veículo explica em sua página do Facebook, é desconstruir o apelo sexual com que os mamilos femininos são enxergados por grande parcela da sociedade. “Peito, mão, orelha: tudo isso só é erótico quando eu quiser e não quando você decidir. Vocês sabiam que os homens também tiveram que protestar pelo direito de andar sem camisa? Pelo direito de seus peitos não serem vistos como algo obsceno. Pelo direito de atribuir significado próprio ao próprio corpo. Hoje, descobrimos como burlar a censura do Facebook aos mamilos e vamos protestar”, explicou.

Nas redes sociais, mamilos femininos são sempre alvo de exclusão e de bloqueios tendo como justificativa as “políticas de privacidade” que “não aceitam” fotos com “teor sexual”. De acordo com a revista, “hoje é dia de libertar os mamilos! Mamilo que é amamentação. Mamilo que é sexo. Mamilo que é política. Mamilo que é só mamilo. Quem decide qual o significado dos nossos corpos? Nós mesmas! Vem com a gente fazer parte dessa campanha linda e gritar que quem decide o que fazer com nossos corpos somos nós mesmas”.

Para a campanha foi criado um site onde as mulheres, a partir de uma galeria com imagens já definidas, escolhem a foto de um mamilo feminino e, depois, fazem o download da imagem recortada em quatro partes. A ideia é que elas sejam carregadas na foto de perfil do Facebook.

Algumas leitoras e apoiadoras da campanha, nos comentários, reforçaram que o corpo da mulher é sexualizado de diferentes maneiras, e o que mesmo não acontece com os homens – que podem andar e publicar fotos sem camisa com o mamilo à mostra.

Elas ainda lembraram diversas opressões que se relacionam com a maneira como a sociedade encara e controla o corpo feminino. “Quem tem o corpo julgado, formatado, observado e violentado de diversas maneiras todos os dias? Quem são as maiores vítimas da anorexia e distúrbios alimentares em geral? Quem é a maioria a ter o corpo julgado em capas de revistas, sites e programas de fofoca? Quem tem o corpo violentado todos os dias ao andar nas ruas? Quem é julgada ao AMAMENTAR seus filhos em locais públicos?”, questionou uma delas.

Como o machismo afeta as mulheres

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