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Por que ninguém pode nascer em Fernando de Noronha e as grávidas são expulsas da ilha?

Publicado 15 Jun 2021 – 02:15 PM EDT | Atualizado 15 Jun 2021 – 02:15 PM EDT
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Fernando de Noronha é internacionalmente reconhecido como um verdadeiro paraíso na Terra e recebe de braços abertos turistas de todo o mundo. O arquipélago em Pernambuco, no entanto, não é tão hospitaleiro com seus recém-nascidos.

Desde 2004, quando a única maternidade de Fernando de Noronha foi desativada, os bebês foram proibidos de nascer na ilha. Quando completam 7 meses de gestação, as grávidas são expulsas da região e obrigadas a viajar mais de 500 km para darem à luz em Recife.

Por que é proibido nascer em Fernando de Noronha?

Não existe nenhuma proibição legal formal para o nascimento de crianças em Fernando de Noronha. Porém, a partir da 34ª semana de gestação, toda mulher residente da ilha é encaminhada para Recife para dar à luz.

A própria Coordenadoria de Saúde da ilha se encarrega do transporte e paga passagens de ida e volta de avião para a mãe e um acompanhante. Os partos são feitos no IMIP, que é o hospital de referência em pediatria da capital pernambucana.

Apesar do apoio oferecido pelo governo, parte das mulheres que vive em Fernando de Noronha se sente indignada com o que chama de "violação do direito de nascer".

A insatisfação das gestantes da região já foi retratada em "Ninguém Nasce no Paraíso", um documentário em curta-metragem filmado entre 2017 e 2019.

Oficialmente, os órgãos públicos explicam que a falta de estrutura em Fernando de Noronha impede que os partos sejam realizados no arquipélago, que conta com pouco mais de 3 mil habitantes. Teoricamente, manter uma maternidade na região teria um custo muito alto para uma média de apenas 40 partos por ano.

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