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Instituto Butantan prevê vacina contra COVID-19 pronta para uso em janeiro de 2021

Publicado 7 Ago 2020 – 10:44 AM EDT | Atualizado 7 Ago 2020 – 10:44 AM EDT
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Em meio à espera pelo sucesso dos testes finais com as possíveis vacinas contra COVID-19 sendo estudadas no Brasil, Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan – responsável pela testagem do composto chinês CoronaVac – deu uma declaração promissora recentemente. Segundo ele, é possível ter a vacina pronta para ser registrada por órgãos reguladores em outubro deste ano, e pronta para uso em janeiro de 2021.

Butantan prevê vacina pronta para uso em janeiro

Em uma audiência pública virtual da Comissão de Enfrentamento à COVID-19 na Câmara dos Deputados, Covas afirmou que, como o Butantan não está apenas testando a vacina, e sim atuando nos processos de produção e envase do composto juntamente com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, a CoronaVac já está sendo feita – e a previsão é de que seja possível tê-la autorizada para aplicação na população em cinco meses.

“Eu sou muito otimista. Acho que com prazo razoável seria, assim, janeiro de 2021, dado o desempenho da vacina até o presente momento”, disse Covas na ocasião, e sua fala confirma a previsão dada pelo governador de São Paulo, João Doria, nas últimas semanas. Em entrevista à Rádio Itatiaia, o governador afirmou que, caso não haja nenhuma intercorrência nos testes, a população estará vacinada no início de 2021.

Por já estar sendo produzida mesmo antes do fim dos testes, Covas afirma que o Instituto espera ter as primeiras doses da vacina (30 milhões) prontas para registro em dois meses – ou seja, no mês de outubro. Depois disso, porém, o diretor explica que apesar de o desenrolar da situação ser promissor, a etapa final ainda é incerta devido aos muitos fatores envolvidos.

Além de ser necessário aguardar a testagem clínica da vacina em larga escala para medir a eficácia real do composto contra o SARS-CoV-2, também é preciso que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (a Anvisa) revise os estudos para autorizar ou não sua aplicação e, então, registrar a vacina. Os testes da fase 3 já começaram há duas semanas em 9 mil voluntários de seis estados do País.

“A vacina poderemos ter a partir agora de outubro. Como eu disse, o processo de preparo para a formulação e envase dessa vacina já se iniciou, todos os processos de controle de qualidade e validação já se iniciaram. Então poderemos ter a vacina, a grande pergunta é se ela estará registrada, aprovada pelo estudo clínico e poderá ser utilizada”, afirmou Covas na audiência.

Segundo o diretor, o Butantan já dispõe das tecnologias necessárias para fabricar a CoronaVac, bem como domínio das técnicas para elaborar o composto e envasá-lo. Para isso, o órgão receberá a matéria-prima desenvolvida pela Sinovac – empresa que o Butantan considerou como a mais avançada nas pesquisas por uma vacina segura e eficaz quando buscavam uma parceria.

Conforme explicou Covas, uma parceria com a AstraZeneca, farmacêutica que se responsabilizará pela produção do composto que ficou conhecido como a vacina de Oxford (universidade no Reino Unido), foi considerada, bem como alianças com outras grandes empresas com pesquisas avançadas sobre uma possível vacina. A Sinovac, porém, se destacou, e o Butantan vê a iniciativa como a mais promissora.

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