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Ciclone bomba: por que fenômeno que causou estragos no sul recebeu esse nome?

Publicado 1 Jul 2020 – 11:16 AM EDT | Atualizado 1 Jul 2020 – 11:16 AM EDT
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Fortes ventos, chuvas, quedas de árvore, destelhamentos. Esse foi o cenário do último dia na região Sul por conta de um ciclone extratropical que avança pelo país e já muda o tempo também no Sudeste.

O fenômeno, que deixou mortos em Santa Catarina, ganhou o nome de “ ciclone bomba” e continua provocando fortes rajadas de vento. Mas o que está acontecendo?

O que é um ciclone extratropical?

De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), um ciclone extratropical é um sistema de área de baixa pressão atmosférica em seu centro. Sua origem é não-tropical pode ser também chamado de tempestade extratropical.

Eles possuem ar frio em seu interior e sua energia vem do encontro de massas de ar frio e quente. "Um ciclone extratropical pode ter ventos tão fracos quanto uma depressão tropical ou tão fortes quanto um furacão", explica o Serviço Climático Nacional, dos Estados Unidos.

Além disso, pode trazer muitas chuvas e influencia na formação de frentes frias. Inclusive, as temperaturas vão cair a partir de hoje devido à circulação do ciclone bomba pelo Brasil.

Por que "Ciclone Bomba"?

Ciclones em geral possuem baixa pressão em seu núcleo. Eles são caracterizados como “bomba” quando esta pressão cai acentuadamente em um curto período de tempo (menos de 24 horas), como explica o Climatempo.

A pressão atmosférica nada mais é que a pressão exercida pela atmosfera, a camada de ar que envolve a Terra, sobre qualquer superfície. Ela varia de lugar para lugar e sofre alterações causadas pela altitude e, principalmente, pela temperatura.

O problema da baixa pressão são os ventos fortes que podem gerar problemas como os destelhamentos que foram registrados no Sul.

Segundo nota do Centro de Hidrografia da Marinha, os ventos associados a esse sistema meteorológicos poderão provocar ondas, em alto-mar, entre 3 e 6 metros de altura entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina até amanhã (2).

Depois, a agitação segue para o Sudeste, onde ondas entre 3 e 4 metros poderão ser registradas até a manhã de sexta (3). Haverá também condições favoráveis à ocorrência de ressaca.

Como fica o tempo

Nesta quarta-feira, a pressão do ar deve cair ainda mais no centro do ciclone, conforme previsão do Climatempo.

Há alerta para fortes rajadas de vento, entre 60 e 80 km/h, na maior parte da região. Em algumas cidades do Rio Grande do Sul, a ventania pode ser ainda mais forte, de até 100 km/h.

No Sudeste, os efeitos serão menores. Apesar dos fortes ventos que estão sendo registrados desde ontem em São Paulo, a intensidade é um pouco menor, de mais ou menos 60 km/h, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências).

Entre a noite de quinta e a madrugada de sexta, porém, a frente fria vai derrubar as temperaturas. A previsão é que a mínima seja de 8º C.

Meio Ambiente

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