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Associação indígena se posiciona após fantasia de Alessandra Negrini gerar polêmica

Publicado 18 Fev 2020 – 10:48 AM EST | Atualizado 18 Fev 2020 – 10:57 AM EST
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No último domingo (16), a atriz e rainha do bloco do Acadêmicos do Baixo Augusta Alessandra Negrini foi bastante criticada por causa da roupa que usou durante o desfile do pré-Carnaval.

A atriz se vestiu de índia e algumas pessoas afirmaram que a artista estava fazendo apropriação de uma cultura que não era dela. A artista desfilou ao lado de vários ativistas, como Sônia Guajajara, líder indígena brasileira. Agora, uma associação indígena se posicionou sobre o assunto.

Associação indígena fala sobre caso de Alessandra Negrini

A nota da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, começa reforçando que o momento é de muita tensão para os povos indígenas. “(...) São muitos os ataques. Não nos esqueçamos, o momento é grave e dramático, querem nos dizimar!”, diz o texto.

O comunicado defende a atitude da atriz: “Por isso, reafirmamos que o momento é de união entre todos, e não atacar uma aliada por se juntar a nós em um protesto. Alessandra Negrini colocou seu corpo e sua voz a serviço de uma das causas mais urgentes”.

De acordo com os membros da APIB, a roupa de Alessandra foi uma questão pensada e conversada: “Fez uso de uma pintura feita por um artista indígena para visibilizar o nosso movimento. Sua construção foi cuidadosa e permanentemente dialógica, compreendendo que a luta indígena é coletiva”.

O texto afirma que existe uma diferença entre uma pessoa usar uma roupa indígena para ajudar a levar visibilidade para a causa e outra que usa apenas por diversão: “É preciso que façamos a discussão sobre apropriação cultural com responsabilidade, diferenciando quem quer se apropriar de fato das nossas culturas, ou ridiculariza-las, daqueles que colocam seu legado artístico e político à disposição da luta”

Para finalizar, foi dito que a atriz já contribuiu em vários momentos para a causa indígena e, portanto, deve ser respeitada: “Alessandra Negrini é ativista, além de artista, e faz parte do Movimento 342 Artes, que muito vem contribuindo com o movimento indígena. Esteve conosco em momentos fundamentais. Portanto, ela conta com o nosso respeito e agradecimento. E assim será, sempre quem estiver ao nosso lado”.

Discussão sobre apropriação cultural

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