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Ministério manda recolher todas as cervejas e chopes Backer - não só Belorizontina

Publicado 14 Jan 2020 – 03:07 PM EST | Atualizado 14 Jan 2020 – 03:29 PM EST
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) intimou a Cervejaria Backer a recolher do mercado todas as cervejas e chopes produzidos entre outubro de 2019 até a atual data. A determinação foi divulgada em nota nesta segunda-feira (13) e visa preservar a saúde do consumidor.

Na semana passada, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) já havia orientado a suspensão dos lotes L1 1348 e L2 1348 da Belorizontina Pilsen, um dos rótulos da marca, após um laudo da Polícia Civil apontar a presença da substância Dietilenoglicol (DEG) neles. A ANVISA também determinou a suspensão nacional dos mesmos lotes.

Hoje (14), a Polícia Civil divulgou que o lote L02 1348 da cerveja Capixaba também deu resultado positivo para a presença de monoetilenogilicol e dietilenoglicol.

O componente é tóxico e vem sendo investigado como a possível causa de uma série de casos de síndrome nefroneural ocorridos em Minas Gerais no último mês, que já resultaram em uma morte confirmada.

Além dos lotes suspensos, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte também havia comunicado à população que entregasse qualquer lote da cerveja Belorizontina para que fossem investigadas.

Cerveja contaminada: recolhimento de todos os produtos Backer

Além da Belorizontina, o Mapa afirma que análises realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária apontaram a presença dos contaminantes monoetilenoglicol e dietilenoglicol também no rótulo Capixaba, da Backer.

Apesar da medida do Ministério da Agricultura, não há informação de contaminação de outros rótulos até o momento. Porém, segundo o comunicado, a decisão de recolher todos os produtos da marca produzidos nos últimos meses visa preservar a saúde dos consumidores.

Síndrome nefroneural

Até 13 de janeiro, foram notificados 17 casos suspeitos de intoxicação exógena por Dietilenoglicol, sendo 16 em homens e um em uma mulher. Quatro casos foram confirmados – um deles morreu. Outra morte, ocorrida no final de 2019, está sendo investigada como possivelmente vinculada à ingestão da cerveja.

Todos os pacientes apresentaram insuficiência renal aguda de rápida evolução (até 72 horas) e alterações neurológicas centrais e periféricas.

Sintomas

A SES/MG orienta que sejam notificados imediatamente ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Belo Horizonte ou de Minas Gerais casos a partir de 1º de dezembro de 2019 que iniciaram com sintomas gastrointestinais (náusea e/ou vômito e/ ou dor abdominal) associados à insuficiência renal aguda grave de evolução rápida (até 72 horas) seguida de uma ou mais alterações neurológicas: paralisia facial, borramento visual, amaurose, alteração de sensório e paralisia descendente.

Investigação da Cervejaria Backer

Uma força-tarefa envolvendo órgãos como as Secretarias de Saúde de Belo Horizonte e Minas Gerais, o Ministério da Saúde e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento busca identificar a causa da síndrome nefroneural que vem acometendo moradores do Estado.

As investigações iniciais apontaram que todos os pacientes notificados apresentaram os primeiros sintomas após ingerir a cerveja “Belorizontina” da marca Backer, levantando a hipótese de intoxicação exógena por Dietilenoglicol (DEG).

A presença da substância DEG foi confirmada em amostras de cerveja que foram coletadas nas casas de pacientes, e exames realizados em quatro pacientes também detectaram a presença do mesmo composto químico.

Nas redes sociais, a marca voltou a se pronunciar e afirma colaborar com as investigações:

Produtos perigosos e alertas

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