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Quem é Joana Félix, cientista brasileira que pode virar filme e se envolveu em polêmica?

Publicado 16 Mai 2019 – 04:23 PM EDT | Atualizado 16 Mai 2019 – 06:35 PM EDT
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Joana Félix é uma cientista e pesquisadora brasileira cuja história de superação ganhou grande repercussão nacional. Ela é reconhecida mundialmente, já tendo conquistado mais de 50 prêmios por projetos realizados na área química. Mais recentemente, virou nome muito comentado devido a uma polêmica envolvendo seu currículo.

Ela, que é uma mulher negra e viveu uma infância pobre, sempre conta que, graças aos pais, conseguiu estudar nas melhores universidades e se tornar uma cientista conceituada. Sua história pode, inclusive, virar filme.

História de vida de Joana Félix

Joana Félix nasceu em 22 de outubro de 1963, na cidade de Franca, no estado de São Paulo. Filha de uma empregada doméstica e de um profissional de curtume, ela teve uma infância pobre.

Aos 4 anos, quando aprendeu a ler, começou a traçar uma trajetória graças aos incentivos dos pais.

Após concluir o ensino médio, ela prestou vestibular para o curso de química e aos 19 anos, foi aprovada na USP, Unesp e Unicamp.

Ela ingressou na Universidade de Campinas, onde fez iniciação científica durante a graduação e se tornou a primeira da família a concluir o ensino superior.

Carreira

Depois de se formar, Joana ainda concluiu mestrado e doutorado na Unicamp e graças ao estudo, se tornou uma cientista renomada.

Além de professora, ela também atua como pesquisadora na Escola Técnica Professor Carmelino Corrêa Júnior, em sua cidade natal, onde junto aos alunos, tanta encontrar soluções para que os resíduos do couro não afetem o meio ambiente.

Foi a partir desses projetos de pesquisa que a cientista acabou conquistando mais de 50 prêmios, sendo um deles o prêmio Kurt Politizer de Tecnologia 2014, concedido pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abquim) pelo projeto "Pele humana para transplantes e testes farmacológicos – transforma pele suína em pele humana artificial com 100% de compatibilidade".

Por que Joana Félix virou polêmica?

O currículo de Joana Félix está gerando discussões após uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo a publicação, algumas informações que constam sobre Joana não são exatamente como se conhece. Um certificado de pós-doutorado em Harvard, ao qual o jornal teve acesso, não seria verdadeiro e a faculdade não teria confirmado sua autenticidade. Joana também dizia em entrevistas e palestras que entrou na faculdade aos 14 anos, mas na verdade teria iniciado aos 19.

Por outro lado, a cientista se explica e questiona as intenções da publicação do jornal. Em entrevista à revista Veja, Joana afirma que não mentiu em nenhum momento. Segundo ela, algumas coisas podem ter ficado mal explicadas.

Joana afirma que a confusão sobre o certificado aconteceu por um engano da reportagem. Ela afirma ter ido à Harvard, mas não concluído o curso, pois voltou antes do término. Ainda de acordo com ela, o diploma em questão realmente não era verdadeiro e diz ainda que havia avisado aos jornalistas de que o papel havia sido feito apenas para uma encenação.

Já sobre a idade em que começou a cursar a faculdade, Joana também explicou o mal entendido. "Passei no vestibular aos 14 anos. O que aconteceu foi que eu não consegui ir, não teria condições, então cursei mais tarde. Eu fui no primeiro momento, mas depois voltei", contou, ao dizer que em palestras curtas como costuma fazer é difícil explicar tudo em detalhes e, por isso, pode não ter sido clara.

Filme de Joana Félix

Antes de o nome de Joana virar polêmica por conta do currículo, a cientista estava em alta pela notícia de que sua vida viraria um filme. A produção seria da Globo Filmes e o diretor responsável é Alê Braga, que afirmou ao Estadão que vai conversar com a pesquisadora sobre toda a polêmica para dar continuidade à obra.

Outro fato relevante sobre o filme é que Taís Araújo foi convidada para viver Joana Felix, mas desistiu do papel. A decisão não tem relação com toda a polêmica criada sobre o currículo da cientista, até porque Taís recusou o papel antes da publicação do jornal O Estado de S. Paulo. O que motivou a desistência foi o tom de pele de Joana, que é mais retinto do que o da atriz. Taís afirmou querer abrir espaço para que outra mulher negra, de tom de pele mais escuro, tivesse oportunidade de ganhar o papel.

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