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Ação muda rosto de Machado de Assis para fazer justiça ao gênio da literatura

Publicado 2 Mai 2019 – 05:38 PM EDT | Atualizado 2 Mai 2019 – 05:38 PM EDT
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Apostilas, livros impressos, e até comercial de instituição bancária já colocaram um dos maiores escritores do Brasil, Machado de Assis, como uma pessoa branca.

Uma ação da Faculdade Zumbi dos Palmares, entretanto, contornou esse erro histórico ao defender o fato de que Machado de Assis era negro — e a simbólica mudança diz muito sobre representatividade e valorização da cultura negra no Brasil.

Machado de Assis negro: ação de Faculdade Zumbi dos Palmares

A campanha "Machado de Assis real" tem o propósito de ajustar um dos maiores erros raciais da história da literatura brasileira. Até agora, todo material a respeito do escritor o mostrava como branco.

"O racismo no Brasil escondeu quem ele era por séculos. Sua foto oficial, reproduzida até hoje, muda a cor da sua pele, distorce seus traços e rejeita sua verdadeira origem", explica o site do projeto.

O site traz, então, um arquivo com a foto real de Machado, negro, para que os leitores e admiradores imprimam e a atualizem em seus livros.

A atitude, apesar de parecer simples, tem impacto muito grande: ao se reconhecer que Machado era negro, a luta contra o apagamento de pessoas negras e em posições de reconhecimento dentro da sociedade ganha força.

E o Brasil pode, finalmente, corrigir a história e rever as ideias racistas que sempre fizeram parte de vários momentos do País.

No site do "Machado de Assis real" ainda é possível participar de um abaixo-assinado pedindo para que as editoras mudem a partir de agora a imagem do escritor, jornalista, crítico, romancista, poeta e teatrólogo. O movimento também subiu uma hashtag para divulgar a mudança:

Machado de Assis nasceu em 1839, no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, e morreu em 1908. Ele é autor de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", "Dom Casmurro", "Quincas Borba", entre outros livros fundamentais para a literatura brasileira.

Racismo no Brasil

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