Justiça define obrigação do Carrefour por morte de Manchinha: beneficiará outros animais
O Carrefour precisará depositar R$ 1 milhão para ações de proteção animal, por conta do caso da cadela Manchinha, que morreu após sofrer maus-tratos por um segurança de uma das unidades do supermercado em Osasco, São Paulo.
O depósito foi definido em Termo de Compromisso firmado entre o Ministério Público de São Paulo e a empresa.
Carrefour paga R$ 1 milhão por "caso Manchinha" a causas animais
O Ministério Público de São Paulo definiu em termo de compromisso divulgado nesta sexta-feira, 15 de março, que o Carrefour deverá depositar R$ 1 milhão em um Fundo que será criado pela Administração de Osasco com o intuito de promover iniciativas de proteção animal.
Do total, R$ 500 mil serão destinados exclusivamente para a esterilização de cães e gatos, ou seja, castração; R$ 350 mil servirão para comprar medicamentos para animais do Hospital Municipal Veterinário ou que estejam no canil municipal e os R$ 150 mil restantes serão usados para comprar e entregar ração a ONGs e associações que cuidem dos bichinhos em Osasco.
De acordo com o Ministério Público, caso o Carrefour descumpra a medida, haverá multa de R$ 1 mil por dia de atraso no cumprimento das obrigações. A cidade também pode ser alvo de investigação "por ato de improbidade administrativa" se não seguir o que foi acordado no termo.
A fiscalização do acordo e do uso do dinheiro ficará a cargo da Promotoria de Justiça.
Caso Manchinha gerou comoção
O 'caso de Manchinha" gerou comoção nas redes sociais, em dezembro de 2018, quando imagens da cadela sendo maltratada por um segurança do supermercado Carrefour de Osasco surgiram nas redes sociais.
As agressões causaram a morte do animal e revolta entre os defensores da causa. O segurança responde em liberdade pelo crime de abuso e maus-tratos a animais.