Forte furacão se aproxima dos EUA e assim é a destruição que ele poderá causar

Ventos fortes, chuva e uma enorme "parede" de água são alguns dos possíveis desdobramentos do furacão Florence, que avança em direção à costa leste dos Estados Unidos e chega na região nesta quinta-feira, 13 de setembro. Ele perdeu força (foi da categoria 4 para a 2), mas, mesmo assim, as autoridades norte-americanas pedem para que a população "não baixe a guarda", já que ele tem um potencial destrutivo muito grande.

Diante do possível cenário, cinco estados, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Geórgia, Maryland e Virginia, além da capital, Washington, já decretaram estado de emergência e estão orientando os moradores a se prepararem para reduzir os impactos do fenômeno natural.

Entenda o que pode acontecer e qual é a situação atual.

Furacão Florence: o que poderá causar?

Redução de categoria 4 para 2

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De acordo com a Central Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês), o Florence perdeu força ao se aproximar do continente, chegando à categoria 2. Neste nível, o furacão provoca ondas até 2,5 metros mais altas, e chega arrancando telhados e arrastando construções pouco sólidas de madeira.

Ventos muito fortes

Apesar do enfraquecimento, ele está aumentando de tamanho, o que atingirá ainda mais pessoas. "Ventos com força de furacão se estendem para 130 km distantes do centro e ventos com força de tempestade tropical se estendem até 315 km", explicou a entidade em um boletim da manhã de quinta-feira.

Se o Florence retomar sua força e chegar à categoria 4, o que, segundo as autoridades, por enquanto, não é esperado, os ventos poderiam chegar a 210 a 249 km/h. Por essa razão, janelas que não estão protegidas pelos compensados de madeira se tornam mais suscetíveis a quebrar e objetos que estiverem soltos pelas ruas podem ser arrastados.

De qualquer forma, o combo de ventos e tempestade emite um alerta para que a população continue buscando opções seguras para enfrentar o fenômeno, como evitar sair de casa e se preparar para ficar alguns dias sem energia elétrica.

Tempestade "soco de Mike Tyson"

"Não vai ser uma dessas tempestades que batem e voltam para o mar. Este vai ser um soco de Mike Tyson na costa da Carolina", descreveu o administrador-associado da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências, a Fema, Jeff Byard, ainda na quarta-feira, em coletiva de imprensa.

"Isso tem o potencial de se tornar o recorde de uma tempestade registrada na Carolina do Norte", explicou o professor de geologia costeira da Western Carolina University Robert Young ao site da CNBC.

"Se permanecer assim, poderá quebrar recordes de ondas de tempestades e causar uma quantidade significativa de danos no litoral", disse, na quarta-feira.

Ondas de tempestade e "paredão" de água

Definida como inundações costeiras, a onda de tempestade (ou storm surge, em inglês) poderá acontecer caso ele retome à força inicial.

Ela é causada basicamente pelos ventos da tempestade que empurram a água para o mar ou em direção à costa, caso em que pode formar um "paredão" de água de 20 pés de altura, movimento que pode "engolir" parte da costa do país, devastando o que tiver pela frente.

Inundações

O Florence, de acordo com a Fema, causará inundações repentinas e transbordamento de rios, o que poderá bloquear algumas rodovias por dias ou semanas.

A chuva durará por dias. Isso porque o furacão nada mais é do que um ciclone, sistema rotativo de nuvens e trovoadas que se formam sobre águas tropicais ou subtropicais, que ultrapassa a velocidade de 119 km/h.

Arrancamento de árvores e casas destruídas

Os ventos fortes podem arrancar árvores e quebrar galhos durante a passagem do furacão. Inclusive, alguns proprietários preferem cortar as árvores antes mesmo de o fenômeno ocorrer, para evitar estragos maiores no entorno.

As casas menos estruturadas podem ser destelhadas e arrastadas pela força dos ventos.

Preparativos: proteção e evacuação de áreas

Moradores destas áreas, por essa razão, já estão mudando alguns detalhes na rotina para evitar estragos maiores nos locais atingidos. Uma das medidas, já comum dentro das orientações para se preparar para o furacão, é a instalação de compensados em janelas e portas de casas e estabelecimentos comerciais.

Há também políticas de evacuação de áreas que serão possivelmente afetadas: na Carolina do Sul, por exemplo, o Governo disponibilizou um mapa constantemente atualizado com os lugares que precisam ser esvaziados. A população deslocada será atendida pelo escritório de emergências local.

De acordo com o site oficial de informações de preparativos para furacão, criado pelo Governo, a maior ocorrência de furacões em solo norte-americano se dá em setembro.

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